domingo, 8 de janeiro de 2012

Lição da Escola Sabatina - Nº 02



No Princípio




Lição
7 a 14 de janeiro

Sábado à tarde
Ano Bíblico: Gn 23–25

VERSO PARA MEMORIZAR: “NEle, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a Terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dEle e para Ele” (Cl 1:16).
 Leituras da semana: Mt 19:4Jó 38:4-7Dt 32:10, 11Sl 19Jo 1:1-13Rm 5:12Is 66:22

Pensamento-chave: A doutrina da criação em seis dias literais é fundamental para tudo que acreditamos.

É difícil imaginar duas visões mais diferentes das origens do que o modelo bíblico da criação e o modelo ateístico da evolução. O primeiro apresenta uma criação planejada, ponderada, calculada, sem deixar absolutamente nada ao acaso. Em contrapartida, o modelo evolucionista é totalmente voltado ao casual. Além disso, no relato bíblico, tudo foi criado com um propósito. Deus tinha um objetivo final, que os gregos chamavam de telos, uma finalidade para o que Ele criou. Por outro lado, a evolução funciona com base na premissa de que não há alvo final, nenhuma força impelida por um propósito motivando o processo evolutivo. Mutação aleatória e seleção natural (produtos do acaso) operam juntos cegamente, mantendo o que funciona e descartando o que não funciona. O relato bíblico ensina que os seres humanos foram feitos à imagem de Deus. A evolução ensina que eles foram feitos à imagem de qualquer primata que tenha precedido o homo sapiens.
Nesta semana, estudaremos a doutrina bíblica da criação e veremos de que maneira ela estabelece o fundamento de toda verdade bíblica que se segue. Se compreendermos a criação de modo equivocado, provavelmente entenderemos muitas outras coisas de forma errada. Por isso é tão importante o ensino do que cremos como adventistas do sétimo dia.


Domingo
Ano Bíblico: Gn 26, 27

Semana da criação


1. Existe possibilidade de estabelecer um acordo entre a Bíblia e a evolução darwinista, com base nas primeiras palavras das Escrituras? Gn 1:1
 Olivro de Gênesis começa com Deus em ação como criador. Não é dada nenhuma explicação nem introdução sobre Deus. Nenhum dos escritores da Bíblia pensou que Deus precisasse de uma apresentação. A coisa mais próxima de uma prova da existência de Deus poderia ser o sentimento do salmista: “Diz o tolo em seu coração: ‘Deus não existe’” (Sl 14:1, NVI).
Estudiosos têm notado uma incrível maestria, não apenas no ato da criação em si, mas na forma pela qual é apresentada na Bíblia. Gênesis 1:2 indica as condições básicas em que as divinas obras-primas materiais são organizadas: “A Terra era sem forma e vazia” (RC). Nos primeiros três dias Ele “formou” o que era “sem forma”. Nos três dias seguintes Ele “preencheu” o que havia sido vazio ou “desocupado”.
Em outras palavras, a luz criada no primeiro dia é preenchida ou completada no quarto dia, com as grandes luzes do sol e da lua (e “também as estrelas”, Gn 1:16). O ar e a água que haviam sido o foco no segundo dia foram preenchidas com os pássaros e as criaturas da água, no quinto dia (Gn 1:6-820-23). A terra seca, antes separada das águas foi, em seguida, preenchida com vegetação no terceiro dia (Gn 1:9-13), e completada com os animais terrestres e os seres humanos no sexto dia. Por fim, tudo foi declarado “muito bom” e, então, majestosamente comemorado no sétimo dia pelo próprio Deus (Gn 2:1-3).
A questão é: nada nesses textos deixa qualquer indicação de que algo foi deixado ao acaso. Ao contrário, os textos ensinam o oposto: tudo foi meticulosamente planejado e executado.


2. Que pessoas também acreditavam no relato bíblico da criação?

 Tudo na Bíblia atesta o fato de que o Senhor criou o mundo, trazendo-o à existência por meio de Sua palavra, como está descrito em Gênesis 1 e 2. As Escrituras não nos deixam liberdade para interpretação nesse assunto. Podemos escolher a criação, ou a evolução, mas a honestidade não permite a fusão dos dois. Os próprios textos não nos deixam essa opção.

Segunda
Ano Bíblico: Gn 28–30

O coração do Criador

 Orelato da semana da criação é extraordinário. Dia após dia, o Criador trouxe à existência, por meio da palavra, os sistemas de vida e as formas de vida que continuam a surpreender os cientistas. Até mesmo Deus Se referiu à extrema alegria desse momento.
 3. Como Deus expressou a Jó a emoção que fez parte da criação da Terra? Jó 38:4-7
 Uma sugestão da alegria no coração do Criador na primeira semana também pode ser encontrada em Gênesis 1:2: “O Espírito de Deus Se movia sobre a face das águas”. Estudiosos da Bíblia apreciam cada vez mais a fina arte literária do Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia), escrito por Moisés. Nesse exemplo, em que Moisés descreve o Espírito de Deus “pairando” sobre a face das águas, no começo da semana da criação, ele deliberadamente escolheu uma palavra que usaria apenas mais uma vez, em Deuteronômio 32. Esse capítulo é parte de seu sermão de despedida ao povo de Israel.
 4. Em que contexto Moisés usou a palavra “pairar” pela segunda vez? Dt 32:10, 11; compare comMt 23:37
 Pense em como as aves mães amorosamente preparam o ninho para seus filhotes. Então, imagine essas aves pairando sobre seus filhotes, trazendo-lhes comida e depois lhes ensinando a voar. Moisés, que tinha tomado conta de ovelhas durante 40 anos, deve ter visto esse fenômeno natural acontecer a cada primavera, e isso o fez pensar no terno cuidado de Deus. Sob inspiração, ele descreveu as mesmas emoções no coração do Espírito Santo, enquanto nosso “ninho” humano estava sendo construído.
Em contraste com os vários modelos evolutivos que retratam nossa criação como obra de forças competindo violentamente umas com as outras, no relato da criação tudo revela um Deus que ama Suas criaturas, que Se preocupa com elas, e que propositadamente e cuidadosamente as concebeu. Não há nada impessoal acerca da criação, nada destituído de emoção, nada sem propósito. O amor estava ali, no início da semana da criação. Que contraste com a evolução, que ensina que o amor surgiu de alguma forma, mas somente depois de bilhões de anos de violência egoísta! O amor motivou a criação, e o amor estará lá quando for recriada esta versão danificada da criação.


Pense nas maravilhas da natureza. Como você vê o incrível amor de Deus manifestado nelas?

Terça
Ano Bíblico: Gn 31–33

Os céus proclamam

 Os Salmos contêm ricas coleções de canções de louvor ao Criador. Repetida e alegremente os salmistas se referem às “grandes obras” de Deus.
No salmo 19 a progressão de pensamento é audaciosa. Em primeiro lugar, Davi descreve as glórias dos céus e do firmamento, incluindo o sol resplandecente. Ele compara a energia brilhante do sol a um noivo indo para seu casamento e também a um atleta em treinamento (v. 1-6). Então, ele relaciona esse esplendor do sol com a perfeição da lei de Deus e o poder de seus preceitos. Assim, o conteúdo da lei é relacionado com a grandeza das ações criativas de Deus (v. 7-11).
salmo 92, um “cântico para o sábado”, começa com a atitude de louvor de um coração grato. Os que examinam o uso das expressões “obras de Tuas mãos” e “Tuas obras”, usadas ao longo dos Salmos (ou em qualquer livro bíblico), notam que a Bíblia inclui um extensivo louvor pela criação do mundo. Quanto mais uma pessoa aprende sobre as obras da criação de Deus, seja o mais ínfimo detalhe visto através de um microscópio, ou a estrela mais distante, ou um planeta visto através de um telescópio, ou qualquer criatura da vida animal (quer ela nade, voe ou caminhe), mais se manifesta o incrível poder da atividade criadora de Deus. Os cientistas continuam a aprender mais e mais, não apenas sobre as diferentes plantas e animais, mas também sobre a interação entre todos os sistemas vivos na complexa rede da vida. Quanto mais aprendem, tudo lhes parece mais surpreendente.
“[A] mandíbula não é claramente um exemplo de design inteligente. Ao contrário, é uma adaptação imperfeita que ocorreu como resultado da seleção natural, trabalhando com os materiais à mão para encurtar e remodelar o focinho de mamíferos em uma face” (Owen Gingerich, God’s Universe [O Universo de Deus], Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 2006, p. 98, 99).

 5. Na infrutífera tentativa cristã de combinar a evolução com a cosmovisão cristã, que ponto importante infelizmente tem sido deixado de lado? Ec 7:29
 Sem dúvida, o mundo criado revela o amor e o poder do Criador. Mas nosso mundo também foi devastado pelo pecado, pelas cicatrizes e rupturas causadas pelo grande conflito. Vemos os resultados horríveis ao redor de nós na doença, morte, catástrofes naturais e assim por diante. Nenhuma parte da criação terrestre escapa e, certamente, nenhum ser humano fica de fora. E ainda, mesmo em meio a essa devastação, podemos ver o amor e o poder do Criador. A solução é não se concentrar nas coisas ruins, mas nas coisas boas que estão na sua base. Podemos ver, por exemplo, uma cerejeira afetada por uma praga que destrói todas as frutas. A praga, embora perversa, não pode apagar o amor e a bondade reveladas na própria árvore, um amor e bondade que apontam para o caráter do Criador.

Quarta
Ano Bíblico: Gn 34–36

A cruz e a criação

 6. De que forma João liga a criação à cruz? Por que os dois ensinamentos são inseparáveis? Jo 1:1-13
 Em vários lugares a Bíblia claramente liga o Senhor como criador com o Senhor como redentor, uma ligação que provê mais evidência de que a evolução não pode ser conciliada com a Bíblia, especialmente com o ensino da cruz. Caso contrário, qual seria a conclusão? O Senhor teria encarnado em um macaco evoluído, criado através do ciclo vicioso e terrivelmente mortal da seleção natural, tudo a fim de abolir a morte, “o último inimigo” (1Co 15:26)? Mas como a morte poderia ser um “inimigo” se fosse um dos meios escolhidos por Deus para criar os seres humanos, pelo menos de acordo com o modelo evolucionista? O Senhor deve ter empregado muitos Homo erectus, Homo heidelbergensis e Homo neanderthalensis mortos a fim de finalmente obter um à Sua própria imagem (Homo sapiens).
Consequentemente, isso significaria que Jesus veio ao mundo para salvar a humanidade do processo que Ele, como Criador, usou para criá-la, no passado. Se isso parece ridículo, é porque é ridículo.
 7. Qual é a importância da compreensão literal do relato de Gênesis para todo o plano da salvação?Rm 5:12
 Como o conceito bíblico da queda é explicado por aqueles que procuram fundir a evolução com a Bíblia? Deus usa os processos de violência, egoísmo e dominação dos fortes contra os fracos para criar um ser moralmente impecável e abnegado que, então, “cai” em um estado de violência, egoísmo e dominação dos fortes sobre os fracos, uma situação da qual ele tem que ser resgatado, ou então enfrentar o castigo final?
Mais uma vez, a insensatez dessa posição faz com que ela seja totalmente rejeitada. A queda é a única maneira de dar sentido à cruz, e à necessidade de resgatar a humanidade caída por meio do Salvador. A queda significa que os seres humanos “caíram” de alguma coisa, e implica uma decadência, uma degeneração. Isso quer dizer que partimos do que era bom para o que não era tão bom. Isso faz todo sentido a partir de uma compreensão literal de Gênesis. Com a evolução, isso não faz sentido. Na verdade, a ideia da evolução zomba da queda e também da cruz.


Quinta
Ano Bíblico: Gn 37–39

Criação e recriação
 8. Que promessas maravilhosas são encontradas nos textos a seguir? Qual é sua ligação com o modelo bíblico da criação, revelado nos primeiros capítulos de Gênesis? Is 65:1766:222Pe 3:13;Ap 21:4
 Toda a esperança cristã repousa nas promessas de um novo céu e uma nova Terra, sem a devastação que o pecado trouxe à Terra em que habitamos agora. Sem essa esperança e essa promessa, literalmente não temos nenhuma esperança. A promessa da vida eterna é maravilhosa, mas queremos essa vida em um mundo sem os horrores, tristezas e decepções deste mundo. O que poderia ser pior do que a morte eterna, que aguarda os perdidos, do que a vida eterna neste mundo em que a miséria é muitas vezes a regra, e não a exceção?
Tudo isso leva a algumas perguntas muito interessantes no que diz respeito às origens e como o Senhor trabalhou no processo da primeira criação, descrita de forma tão magistral em Gênesis 1 e2. A questão é: O novo céu e a nova Terra serão criados por ordem divina, isto é, como descrito em uma compreensão literal de Gênesis, na qual Deus falou e, em um tempo incrivelmente curto toda a vida passou a existir na Terra, plenamente formada e desenvolvida, sem nada deixado ao capricho, violência e acaso?
Ou, ao contrário, o processo de criação significará que a vida terá que suportar novamente as “alegrias” e rigores da seleção natural e sobrevivência do mais apto por bilhões de anos, até que um novo mundo, “onde habita a justiça” (2Pe 3:13, NVI), finalmente apareça?
Afinal, se Deus escolheu usar a evolução na primeira vez para criar o mundo, por que Ele faria algo diferente na segunda vez? Se esse foi Seu meio escolhido para realizar a criação original, não seria bom o suficiente para executar a segunda criação?
A loucura da ideia de que Deus usaria a evolução para recriar os céus e a Terra é mais uma evidência indicando a insensatez de pensar que Ele criou o mundo dessa forma no princípio. Sem dúvida, cruz, redenção, e a promessa de um novo céu e uma nova Terra são temas inseparavelmente ligados ao relato literal de Gênesis.

Tente imaginar como era nosso mundo em sua primitiva beleza. Imagine também como será quando ele for recriado. Nossa mente e coração podem apenas começar a imaginar como será essa beleza. Por que não vale a pena obter algo neste mundo se perdermos o que nos foi prometido?

Sexta
Ano Bíblico: Gn 40–42

Estudo adicional
 Ao longo de seu ministério, Ellen G. White foi firme na rejeição da teoria da evolução. Ela escreveu: “É o pior tipo de infidelidade, porque para muitos que professam crer na história da criação, essa é uma infidelidade disfarçada” (The Signs of the Times, 20 de março de 1879).
“Para ter o privilégio de delinear nossa descendência pelos micro-organismos, moluscos e macacos, deveremos consentir em rejeitar a declaração da Escritura Sagrada, tão grandiosa em sua simplicidade: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou”? (Gn 1:27; Ellen G. White, Educação, p. 130). 

Perguntas para reflexão
1. Outro problema decorrente da tentativa de fundir evolução com a Bíblia é a ressurreição dos mortos no fim dos tempos. Será um processo instantâneo, num “abrir e fechar de olhos” (1Co 15:52, NVI). Algumas pessoas estão mortas há milhares de anos; não sobrou muita coisa dessas pessoas com que se possa trabalhar. No entanto, se Deus pode recriá-las em um instante, por que teria usado a evolução para criá-las no princípio?
2. Ao contrário das concepções populares, Charles Darwin trabalhou em sua teoria da evolução a partir de uma premissa teológica. Ele expressou assim: “Para mim parece existir muita miséria no mundo. Não consigo me convencer de que um Deus beneficente e onipotente tivesse criado intencionalmente a [vespa parasita] com a expressa intenção de que se alimentasse dentro dos corpos vivos das lagartas, ou de que o gato brincasse com os ratos.” É claro que um “Deus beneficente e onipotente” não teria feito isso. O que está errado com a suposição de Darwin, e como você acha que ela o influenciou a desenvolver essa teoria radicalmente errada sobre as origens humanas? 

Resumo: Apesar das muitas tentativas de misturar a cosmovisão bíblica com a doutrina da evolução, os dois ensinamentos são polos opostos. Os cristãos devem se firmar sobre a história da criação literal. Uma vez que a perdermos, o plano da salvação deixará de existir. 
Respostas sugestivas: 1: Não, porque a Bíblia é clara, incisiva e definitiva ao dizer que Deus planejou e executou a criação. 2: O próprio Jesus Cristo, Moisés, o apóstolo Paulo e o profeta Isaías. 3: Deus afirmou que lançou os fundamentos da Terra, colocou suas medidas e estendeu o cordel sobre ela quando tudo foi criado. Nessa ocasião os anjos e outros filhos de Deus se alegraram e cantaram. 4: No contexto do cuidado de Deus por Seu povo no deserto. Como a águia protege e carrega seus filhotes, Deus nos ampara. Jesus cuida de Seu povo como a galinha cuida de seus filhotes. 5: Tudo foi criado com perfeição, mas o homem pecou e trouxe sofrimento a si mesmo e à natureza. 6: O trabalho de Deus é criar, manter e recriar. Só Ele faz novas todas as coisas. Nele podemos ser novas criaturas. O mesmo poder que cria pode restaurar, por meio da cruz. 7: A salvação apresentada pela Bíblia seria impraticável sem o relato da criacão. Se não houve a criação bíblica, não houve pecado e não haveria necessidade de salvação. 8: Por meio da justiça de Cristo, Deus recriará a Terra arruinada pelo pecado. Visto que todos serão justos, o ambiente será perfeito como era na criação. 

Resumo da Lição 2 – No princípio

Texto-chave: Colossenses 1:16
O aluno deverá…
Saber: Como a crença no Deus criador afeta nossa compreensão de outros ensinamentos bíblicos, como a cruz e a nova Terra.
Sentir: A diferença que a crença em um Criador pessoalmente amoroso faz na filosofia de vida.
Fazer: Aceitar e honrar a Deus como criador, e como recriador.
Esboço
I. Conhecer: Fundamento da crença
A. A aceitação da criação bíblica nos ajuda a entender o poder que Deus tem para nos salvar dos pecados?
B. Compreender o papel de Deus como Autor do Universo e aceitar Sua criação da Terra em sete dias afeta a crença no sábado, na ressurreição, e na recriação da Terra no futuro.
II. Sentir: Criado pelo acaso ou por desígnio?
A. Quando contemplamos as obras do Criador são despertados sentimentos de reverência, alegria e louvor.
B. O que muda em nossa atitude para com Deus e os outros pela crença de que somos criados por desígnio de Deus (e não pelo acaso)? 

III. Fazer: Criados por Deus
A. Como podemos honrar mais nosso Criador amoroso e pessoal?
B. O fato de que Deus não apenas nos criou, mas deu as melhores dádivas do Céu para nos redimir, afeta nossa maneira de responder a Ele? 

Resumo: A crença na história bíblica da criação afeta não somente nossa aceitação de um Deus Criador Todo-poderoso, mas também nossa maneira de compreender o sábado, a cruz, a ressurreição, e muitas outras doutrinas. 

Ciclo do aprendizado

Motivação
Conceito-chave para o crescimento espiritual: O papel de Deus como criador está inseparavelmente ligado ao que sabemos sobre Seu caráter e, mais importante, sobre Seu papel como redentor.
Só para o professor: Enfatize a importância de nossa compreensão de Deus como criador e como isso se relaciona com os outros aspectos do caráter de Deus e com Sua obra em nosso favor. Explique como podemos conhecer mais sobre Deus por meio de um entendimento correto de Seu ato de criação e seus resultados. 

A maioria dos cientistas hoje trabalha com uma hipótese conhecida como “naturalismo metodológico.” Em essência, essa é a visão de que tudo o que aconteceu, está acontecendo ou acontecerá tem uma causa natural que, especificamente, não é o que chamaríamos de causa “sobrenatural”. Críticos também a rotularam de “ateísmo metodológico”, porque, aplicada rigorosamente, ela exclui Deus como criador, mantenedor e redentor.
Muitas pessoas acham que essa é uma suposição convincente, porque a maioria dos eventos que ocorrem em nossa vida diária ou em nosso ambiente observável não parecem ter causas sobrenaturais diretas. Mesmo eventos ou fenômenos em que nós, como cristãos, podemos ver a mão de Deus, poderiam ser explicados, embora de maneira improvável para nós, como devidos apenas às circunstâncias. Naturalistas metodológicos alegam que, se as coisas funcionam dessa maneira agora, sempre foi assim. Sua posição pode ser comparada à dos céticos representados em 2 Pedro 3:4: “Todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.”
Para que isso seja verdade, naturalistas metodológicos precisam de tempo, muito tempo, assim como alguns lançamentos de dados muito improváveis, que de alguma forma resultaram no mundo em que vivemos, maravilhosamente planejado e ordenado. Mas onde naturalistas metodológicos veem o acaso cego, os cristãos Adventistas do Sétimo Dia percebem um mundo que veio à existência em estado de perfeição, pela vontade de um bondoso Criador, mas foi arruinado pelo pecado. E aguardamos o Redentor que irá restaurá-lo à sua perfeição original.
Pense nisto: A teoria cosmológica e evolutiva atual de que a criação simplesmente passou a existir por acaso é totalmente estranha à visão bíblica de mundo. Como podemos ver a natureza (como escreveu o salmista), proclamando “a glória de Deus” (Sl 19:1)?
Compreensão
Só para o professor: Enfatize a importância da criação para a compreensão de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Não é nenhuma surpresa que essa relação exista no Antigo Testamento. Afinal, a primeira pergunta que a Bíblia responde é como chegamos até aqui, e por quê. Mas a criação é fundamental para a história da redenção do Novo Testamento. Ela também apaga a falsa impressão de que o Deus do Novo Testamento é de algum modo separado ou diferente do Deus do Antigo Testamento.

Comentário Bíblico

I. Todas as Coisas
(Recapitule com a classe Cl 1:16.)
O Antigo e o Novo Testamentos não apoiam, em nenhum lugar, a possibilidade de que Deus não tenha criado o Universo. A maioria dos povos e religiões ao redor de Israel também acreditavam que o Universo teve um criador ou criadores. Algumas exceções foram o filósofo Epicuro e seus sucessores, como Lucrécio. Eles acreditavam que o Universo é eterno, autossuficiente, e imutável em sua essência.
A diferença importante era que a Bíblia ensinava que Deus é a fonte de todas as coisas. Algumas religiões e filosofias, como o platonismo, ensinavam que o mundo material havia sido criado pelo que eles chamaram de Demiurgo. Em grego, essa palavra se referia a um artesão ou artista. Esse demiurgo não criava a matéria, mas era apenas um artífice habilidoso que a organizava de uma forma funcional e mais ou menos agradável esteticamente. As imperfeições do Universo visível eram explicadas pela imperfeita habilidade do demiurgo. Naturalmente, havia a crença de que o demiurgo ignorava ou era indiferente ao mundo espiritual mais elevado.
O zoroastrismo, religião da antiga Pérsia, ensinava que havia dois deuses, um bom e outro mau. O deus do bem havia criado os animais e plantas que os adeptos consideravam nobres e bonitos. O deus do mal havia criado os “répteis” e os animais e plantas considerados desagradáveis ou nocivos.
Hoje, muitos que desejam conciliar a Bíblia com teorias como a evolução propõem que Deus criou o mundo ou o Universo e o deixou para que se desenvolvesse por si mesmo durante determinado período de tempo, e reapareceu para dar uma “alma” aos hominídeos que tinham evoluído enquanto ele estivera ausente.
Nenhuma dessas concepções se harmoniza com o que a Bíblia ensina. O texto de Colossenses 1:16 e outros deixam claro que Deus criou todas as coisas. Isso inclui coisas pequenas demais para enxergarmos e coisas muito grandes: realidades espirituais invisíveis e os detalhes mais comuns do nosso ambiente imediato. Em seu estado original, elas refletiam Sua perfeição e bondade, e um dia refletirão novamente.
Pense nisto: Por que é tão importante especificar que Deus criou todas as coisas? O que você acha da antiga tendência humana de excluir Deus de Sua criação ou confiná-Lo em um canto pequeno ou simples dela?
II. Presente na criação
(Recapitule com a classe Jo 1:1-13.)
Esta passagem pode ser considerada uma elaboração sobre a história da Criação relatada em Gênesis, com uma apresentação mais explícita de Deus, o Filho, ou o Verbo. Alguns comentaristas caracterizam a abordagem do autor como polêmica, no sentido de que ele parece preocupado em afirmar alguns pontos, enquanto rejeita ou refuta outros. Por exemplo, no verso três ele apresenta a ideia (mencionada também por Paulo em Colossenses 1:16) de que Deus, por meio de Cristo, fez todas as coisas. O autor enfatiza que “sem Ele, nada do que foi feito se fez.” Além disso, o autor claramente vivia em um mundo no qual um número significativo de pessoas não consideravam evidente esse fato.
Certamente, mais do que recapitular a criação, o objetivo do autor é mostrar como a criação e, implicitamente, toda a história sagrada registrada no Antigo Testamento, era fundamental para a mensagem da redenção em Cristo. Então, como agora, havia pessoas que queriam abandonar ou alterar partes do Antigo Testamento (particularmente o relato da criação), enquanto ainda se apegavam a Cristo como redentor. Em contrapartida, o autor mostra como criação e redenção são partes da mesma história.
Pense nisto: Por que os papéis de Cristo como criador e redentor são inseparáveis? O plano da redenção depende da verdade literal do relato da criação apresentado em Gênesis?
III. “Por um só homem”
(Recapitule com a classe Rm 5:12-15.)
Embora o objetivo principal de Paulo não fosse apoiar a historicidade de Adão, seu argumento pressupõe e depende disso. Paulo reconhecia Jesus Cristo como figura histórica. No mundo antigo não faltavam deuses que morriam e ressuscitavam e que supostamente restauravam a fertilidade das colheitas ou ocasionavam aos adeptos de seus cultos misteriosos algum estado de iluminação não especificado, mas sublime. A maioria desses deuses existiu em algum tempo mítico de sonhos. Mas Jesus Cristo foi um Homem real que viveu em uma época histórica distinta. Sobre Ele escreveram historiadores realistas, como Josefo e Tácito. Cristo morreu uma morte real para resgatar pessoas reais do pecado real. Paulo, além de sua experiência com o Cristo ressuscitado, repetidamente interagia com pessoas que tinham caminhado e falado com o Jesus histórico.
Se Paulo sabia disso, por que ele compararia Jesus com uma figura que ele considerasse mítica? Qual teria sido o propósito de redimir uma pessoa do pecado por meio de um personagem de ficção? Por que Deus enviaria um Salvador histórico para redimir os pecados de um Adão fictício? Se o Cristo histórico é (como o nome indica) a figura central do cristianismo, então o Adão histórico é apenas um pouco menos central.
Pense nisto: Se alegamos confiar em Cristo, devemos confiar em Sua Palavra? O que nos impede de tomar uma decisão firme a esse respeito? 

Aplicação
Só para o professor: Use as seguintes perguntas para ajudar os alunos a entender o que nós, Adventistas do Sétimo Dia, queremos dizer quando nos referimos a Deus como criador.

 Perguntas para reflexão
1. A correta compreensão de Deus como Criador é importante para a construção das outras doutrinas cristãs, como o plano da redenção ou a autoridade das Escrituras?
2. O que torna as teorias da evolução de toda a vida, populares e atualmente aceitas, totalmente incompatíveis com a compreensão cristã essencial da criação divina?
Perguntas de aplicação

1. Quando consideramos o cuidado e precisão com que Deus criou e continua a sustentar a Terra, o que aprendemos sobre a maneira pela qual devemos nos relacionar com a criação? Como essa compreensão pode nos prevenir dos extremos da extravagância ou da adoração da criação, em detrimento do Criador?
2. Como devemos reagir às pessoas que têm perguntas honestas ou mesmo ceticismo sobre a maneira pela qual vemos as questões das origens e da criação? Como podemos sustentar uma posição firme sobre a criação e manter a igreja como um “lugar seguro” para os que estão lutando honestamente com essas questões?
Criatividade
Só para o professor: Quanto mais entendermos a natureza e o propósito da criação de Deus e Seu cuidado evidente nas coisas que Ele criou, menos provavelmente procuraremos explicações que tentem negá-Lo ou confiná-Lo às margens ou lacunas do conhecimento. A atividade a seguir ajudará os alunos a ver exemplos da providência divina nas formas pelas quais Ele escolheu criar.
Atividade: Está claro, mesmo para o observador mais casual, que cada animal, vegetal, etc., é especificamente adaptado ao ambiente em que se encontra. Durante a semana, procure exemplos de animais interessantes ou plantas que vivem em ambientes singulares. Mostre como Deus lhes deu os meios pelos quais podem sobreviver nesses ambientes. Ilustre com fotos, vídeos, histórias, etc.
Alternativamente, se for possível, apresente essa atividade como lição de casa para seus alunos na semana anterior à desta lição, e peça que eles apresentem na classe suas descobertas.


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