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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Lição 9 - Eventos finais (1Ts 5:1-11) - 25 de agosto a 1o de setembro


Lição 9 - 25 de agosto a 1 de setembro
(1Ts 5:1-11)
 




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Jr 49, 50

VERSO PARA MEMORIZAR: “Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação” (1Ts 5:8)

Leituras da semana: 1Ts 5:1-11Gn 3:15-24Is 13:6-9Lc 21:34-36Rm 1:18


Pensamento-chave: A realidade da volta de Cristo nos chama à prontidão contínua.

No texto desta semana, a segunda vinda de Cristo ainda é o tema principal, mas o foco é diferente. Aqui, a ênfase de Paulo não é esclarecer detalhes sobre a vinda de Jesus, mas proclamar a necessidade de constante prontidão, à luz desse evento (e do juízo que esse acontecimento implica). A passagem anterior foi encorajadora. Quando chegar o fim, o resultado será muito mais positivo do que aquele que os tessalonicenses estavam esperando. Agora que eles entendiam melhor a natureza de Sua vinda, a questão era como se preparar para ela.

O problema na igreja naquele tempo parece ter sido uma teologia de “paz e segurança” combinada, talvez, com a tentativa de alguns membros de calcular o tempo da segunda vinda de Cristo. Por meio da profecia, os tessalonicenses esperavam ser capazes de prever quando os eventos finais ocorreriam e, assim, saber quando deveriam se preparar. Como resultado, alguns poderiam ter vivido sem nenhum senso de urgência.


Quem entre nós hoje não está relacionado com esse problema? Quanto mais tempo estamos aqui, mais fácil é perder o senso de urgência. Daí a nossa necessidade de prestar atenção às palavras de Paulo.


Domingo
Ano Bíblico: Jr 51, 52

Os dois lados do juízo


1. Leia Gênesis 3:15-24. De que maneira Deus julgou Adão e Eva, nos aspectos positivo e negativo?


Embora a palavra específica não ocorra em 1 Tessalonicenses 5:1-11, o texto está muito relacionado com esse assunto. Paulo queria que os crentes de Tessalônica estivessem cientes de que o juízo de Deus não se limita a algo que acontece no Céu no fim do tempo. Ao contrário, o juízo tinha consequências reais para sua vida cotidiana.

Hoje, muitas pessoas se sentem desconfortáveis com o tema do juízo. Elas não gostam da implicação de negativismo e ameaça. Mas o conceito bíblico de juízo é mais amplo do que apenas ameaça, condenação e execução. Há também o lado positivo. Ações simples de misericórdia e bondade não passam despercebidas nem ficam sem recompensa (Mt 10:42). Deus vê tudo o que fazemos, seja positivo ou negativo, e tudo tem um significado no plano mais amplo.


A dupla natureza do juízo é evidente nas primeiras narrativas da Bíblia. No Jardim do Éden, Deus julgou negativamente o pecado de Adão e Eva. Houve consequências do pecado em relação ao parto, à agricultura e ao lugar em que lhes foi permitido viver. Ao mesmo tempo, Deus os julgou positivamente. Ele criou inimizade entre eles e Satanás e misericordiosamente os vestiu com peles para que não sofressem excessivamente no ambiente em mudança. Ainda mais importante: essas peles simbolizavam a justiça de Cristo, que também cobriria seus pecados.


Em Gênesis 4, Deus julgou Caim negativamente, enviando-o ao exílio. Mas Caim também recebeu um juízo positivo. Deus colocou nele um sinal para que ninguém o matasse. Na época do Dilúvio, Deus julgou negativamente a humanidade por meio da destruição do Dilúvio, mas também positivamente, provendo a arca como meio de escape (Gn 6-9:17).


Em Gênesis 11, Deus confundiu as línguas e espalhou a humanidade por toda a Terra (negativo). Onde está o juízo positivo? Encontra-se no chamado de Abraão para ser uma bênção para “todas as famílias da Terra” (Gn 12:3), as mesmas pessoas que foram dispersas anteriormente, nos anos da torre de Babel (Gn 11:9).


Como a verdade de Cristo como nosso substituto no juízo torna esse juízo positivo para nós? Por que devemos ter sempre em mente essa importante verdade quando pensamos sobre o juízo?

Segunda
Ano Bíblico: Lamentações


Repentina e inesperada (1Ts 5:1-3)


2. Qual é o significado de “tempos e épocas” nos textos do Novo Testamento? 1Ts 5:1-3At 1:6, 7

O dia do Senhor” é uma expressão encontrada frequentemente em passagens do Antigo Testamento sobre o juízo. Ela descreve uma intervenção divina decisiva no tempo do fim, com forte ênfase sobre as consequências negativas da desobediência (Is 13:6-9Jr 46:10;Ez 30:2-12). Em nosso texto para hoje, Paulo combinou esse conceito anterior com a analogia do ladrão, introduzida por Jesus (Mt 24:43Lc 12:39).

A tripla combinação do dia do Senhor, do ladrão na noite e das contrações antes do nascimento de um bebê ilustra o mesmo ponto: a segunda vinda de Jesus será repentina, inesperada e inevitável para os ímpios. O tempo do fim não é o momento para se preparar para o fim. O tempo de preparação é agora.


verso 4 deixa claro, no entanto, que Paulo não estava repreendendo os tessalonicenses. Eles já sabiam que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite. São os outros, aqueles que clamam “paz e segurança”, que serão surpreendidos pela futura destruição.


Em Atos 1:6, 7, os discípulos de Jesus perguntaram sobre o tempo dos eventos finais da história da Terra. Mas Jesus não satisfez sua curiosidade sobre essas coisas. O tempo do fim não devia ser conhecido por eles. Podemos perceber que a expressão “tempos e épocas” diz respeito a tentativas de calcular o tempo do fim. Tais tentativas atraem a atenção, mas são espiritualmente contraproducentes. Elas causam desapontamento, quando passa o tempo calculado, ou demora na preparação, quando o tempo previsto está muito à frente.


3. Que paralelos existem entre Lucas 21:34-36 e 1 Tessalonicenses 5:1-11?

De acordo com Lucas 21:34, muitas pessoas usam coisas como álcool e entretenimento para tentar escapar da responsabilidade espiritual. Outros podem se preocupar com a preparação espiritual para o fim, mas são distraídos pelos cuidados e ansiedades da vida. O fato de que o fim será repentino, porém, significa que chegará o tempo em que não haverá escape para os distraídos ou complacentes. Nos versos que seguem às palavras de Cristo em Lucas 21:34-36 há uma saída para os que vigiam.

Como podemos viver com o senso de urgência, com a consciência da proximidade da vinda de Cristo, e sem envolvimento com fanatismo nem extremismo? Como podemos alcançar o equilíbrio certo? Comente sua resposta com a classe.

Terça
Ano Bíblico: Ez 1–3


A vantagem do crente (1Ts 5:4, 5)


Nos primeiros versos do capítulo 5, Paulo abordou a condição dos que, por alguma razão, não estavam preparados. Os tessalonicenses já sabiam que a realidade da segunda vinda é certa. Apenas o tempo é desconhecido. A surpresa será trágica para os que não estiverem preparados. Alguns não estão prontos porque não acreditam na segunda vinda de Cristo; outros porque acham que podem adiar sua preparação até que os eventos os convençam de que o fim está próximo.

Foi no fim da década de 1950. Um jovem ouviu um pregador dizer que Jesus viria em 1964. Portanto, a igreja deveria se preparar. O jovem decidiu que, visto que ainda faltavam vários anos, ele não se incomodaria em se preparar até por volta de 1962. Em outras palavras, a intenção do pregador de aumentar o senso de urgência teve o efeito oposto sobre o jovem. Essa demora é perigosa, é claro, porque você não sabe se viverá sequer até o fim deste dia. A boa notícia é que não precisamos saber quando Jesus voltará para estar prontos agora.


4. Qual é o significado espiritual de metáforas como “luz e dia, escuridão e luz”? Que aspectos de sua vida poderiam ser descritos como luz e quais como a escuridão? O que você pode fazer para ter uma vida mais iluminada? 1Ts 5:4, 5


Nesses versos, Paulo começou uma série de contrastes com dia/noite e escuridão/luz (um contraste entre ruína/resgate está implícito noverso 3). Os incrédulos serão surpreendidos pelos eventos do fim, mas os crentes não serão surpreendidos. Por quê? Porque vivem na luz. A Bíblia é uma “lâmpada para os [nossos] pés... e... luz para [o nosso] caminho” (Sl 119:105, RC). A profecia é dada a fim de que tenhamos informação suficiente para estar espiritualmente preparados para o que está adiante de nós.

A preparação para a segunda vinda de Cristo envolve investir tempo considerável na Palavra de Deus. A preparação é o ato de acumular um tesouro no Céu. A preparação é uma entrega diária ao Senhor.


Há muitas distrações no mundo, como trabalhos, e-mails, entretenimento e diversas drogas e outras substâncias que melhoram o humor.

O apelo de Paulo vem até nós através dos corredores do tempo. Coloque as distrações de lado. Ponha a Palavra de Deus em primeiro lugar em sua vida, e você não será surpreendido pelos acontecimentos, não importando quão inesperado seja o tempo.

Quarta
Ano Bíblico: Ez 4–7


Vigilância constante (1Ts 5:6-8)


5. Como a analogia do embriagado e do sóbrio nos ajuda a entender melhor a preparação para a segunda vinda de Jesus?1Ts 5:6-8


Paulo começou o verso 6 com “Assim, pois” ou “Portanto”, dependendo da tradução. Ele demonstrou que os verdadeiros seguidores de Jesus são filhos da luz e do dia. No texto para hoje, ele levou adiante a metáfora a fim de exortá-los a estar cada vez mais preparados para a vinda de Jesus. Embora o verso 7 apresente um desvio, os versos 6 e 8 encorajam os tessalonicenses a estar acordados, sóbrios e armados para os desafios futuros.

Paulo começou com o contraste entre adormecido e vigilante. Visto que os crentes são “do dia”, eles não devem dormir. A noite, sim, é para dormir. Paulo estava escrevendo metaforicamente. Aqui é uma metáfora para a preguiça espiritual ou falta de interesse (no verso 10, é uma metáfora para a morte). A expressão “não durmamos” no original significa “‘nem sequer comece’ a dormir”. Paulo presumia que eles já estivessem acordados, mas os encorajou a perseverar cada vez mais na vigilância.


Paulo os encorajou a ser sóbrios e não embriagados. No mundo antigo, a sobriedade era símbolo da razão filosófica. Paulo desejava que os tessalonicenses fossem pensativos e cuidadosos em seu raciocínio a partir das Escrituras. Alguns usam a Bíblia para fixar datas e para especulação. Em vez disso, Paulo queria que os crentes se concentrassem nas implicações das Escrituras para sua preparação espiritual. A metáfora do sóbrio e do embriagado pode também apontar para o tipo de restrição ética que ele incentivou em 1 Tessalonicenses 4:1-12.


“O dia” é associado com estar acordado e sóbrio. É à noite que as pessoas dormem e, geralmente, à noite, elas se embebedam. Mas noverso 8 Paulo mudou para a imagem de um guarda militar. Os guardas precisam estar acordados e sóbrios em todo o tempo, dia e noite. Os soldados precisam exceder a norma quando se trata de vigilância. De idêntico modo, Paulo também esperava que os cristãos excedessem a norma quando se tratava da preparação para a segunda vinda de Jesus. E, como soldados, os cristãos devem colocar todo o seu equipamento antes de assumuir seus postos.


Tome as palavras de Paulo nessa passagem como se ele estivesse escrevendo especificamente e pessoalmente para você. Como você traduziria essas palavras na prática? Isto é, o que precisa mudar em sua vida para que você faça o que ele diz?

Quinta
Ano Bíblico: Ez 8–10


Encorajar uns aos outros (1Ts 5:9-11)


Como vimos, em 1 Tessalonicenses 5:1-11, Paulo traçou uma série de contrastes para ilustrar os dois lados do juízo na volta de Jesus. Em nosso texto para hoje (1Ts 5:9-11), ele abordou o contraste entre a ira e a salvação. Os crentes podem ter confiança nos últimos dias porque em Cristo há certeza de que eles são filhos da luz.

6. Qual é a mensagem essencial de 1 Tessalonicenses 5:8-11? De que esperança Paulo estava falando e por que podemos suplicá-la para nós? Como o evangelho é revelado nesses textos?

Hoje, muitos acham que o conceito bíblico da ira de Deus reflete mais a cultura dos tempos bíblicos do que a verdade sobre Deus. Isso, no entanto, é um equívoco. É verdade que, na Bíblia, Deus ajustou Sua verdade aos limites da linguagem humana. Mas o conceito da ira de Deus não está limitado às partes mais antigas da Bíblia. Ele é difundido também no Novo Testamento, incluindo as palavras de Jesus (Lc 21:23Jo 3:36), os escritos de Paulo (Rm 1:181Ts 1:10) e as visões do Apocalipse (Ap 6:16, 1715:1). Assim, não podemos seguramente ignorar o conceito, que deve expressar algo muito importante sobre Deus e o plano da salvação.

Embora não possamos nos aprofundar no assunto neste estudo, devemos ter certeza de que a ira de Deus não é uma fúria irracional e impulsiva. Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos (Is 55:8, 9). O conceito bíblico da ira de Deus é mais semelhante à necessidade de justiça de uma nação em relação aos transgressores que prejudicam e oprimem os outros. Os que persistem na iniquidade serão punidos e destruídos. Visto que todos nós trangredimos a lei de Deus, todos estaríamos sujeitos à execução da justiça, se não fosse a vida, morte e ressurreição de Cristo.


Essa é a boa notícia sobre a ira de Deus que brilha em 1 Tessalonicenses 5:8-11.


O propósito de Deus para nós não é a “ira” ou justiça punitiva, mas a graça e a salvação. Em Cristo, Ele providenciou a proteção de que precisamos para que não sejamos destruídos no juízo. Por isso, Paulo pensava que a ira de Deus, corretamente compreendida, fosse uma razão para encorajamento e não para medo (1Ts 5:11). Em Cristo, nunca precisaremos enfrentar a ira de Deus porque, na cruz, Jesus a enfrentou por nós.


Essa realmente é uma boa notícia, você não acha? O que ela significa para você?

Sexta
Ano Bíblico: Ez 11–13

Estudo adicional


Há necessidade de vigilância. Nosso próprio coração é enganoso. Estamos rodeados das fraquezas e imperfeições da humanidade, e Satanás está atento para nos destruir. Podemos estar desprevenidos, mas nosso adversário jamais estará ocioso” (Ellen G. White,Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 409).

“Alguns parecem sentir que precisam estar sob observação e provar ao Senhor que se emendaram, antes de poder reivindicar Sua bênção. Mas... Jesus deseja que vamos ter com Ele assim como estamos: pecaminosos, desamparados, dependentes. Afirmamos ser filhos da luz, não da noite nem das trevas. Que direito temos de ser descrentes?” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 150).


“A massa dos cristãos professos... [está] vivendo para o mundo. Sua fé não tem senão uma pequena influência para restringir seus prazeres. Conquanto professem ser filhos da luz, andam em trevas e são filhos da noite e das trevas” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 404).


“O mundo que age como se não houvesse Deus, absorto em empreendimentos egoístas, cedo sofrerá repentina destruição e não escapará... Por meio de danças, farras, bebedices, do vício de fumar e da satisfação das paixões sensuais, eles seguem como bois para o matadouro” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 26).


Perguntas para reflexão
1. Pergunte aos alunos: Se Cristo voltasse amanhã, você estaria pronto?
2. Como podemos manter um senso de urgência e ainda agir de modo “normal” na sociedade?
3. Sua compreensão do tempo do fim mudou ao longo dos anos? Por que o entendimento do plano da salvação e da justificação unicamente pela fé é tão importante para uma clara compreensão dos eventos dos últimos dias?


Resumo: Paulo nos chama a um compromisso de preparação para a volta de Jesus. Quando aceitamos o evangelho, nos tornamos filhos da luz. Enquanto vivemos o evangelho em fé, esperança e amor, crescemos mais e mais à imagem de Jesus. Se estivermos prontos para morrer em Cristo hoje, estaremos prontos se Jesus vier hoje.

Respostas sugestivas: 1: Negativo: Sofrimento na gravidez; mulher dominada pelo marido; Terra amaldiçoada; fadigas; espinhos e ervas daninhas; morte; casal expulso do Éden. Positivo: Família mantida; filhos preservariam a vida; a Terra daria o sustento; a morte seria um descanso; a esperança foi vista nas vestes de peles e na profecia sobre a inimizade. 2: O dia do Senhor, a segunda vinda de Jesus, o fim da história do pecado, o dia do juízo, o tempo da restauração final. 3: O dia do Senhor virá repentinamente, como laço, como ladrão e como as dores de parto; os envolvidos com as trevas, orgia, embriaguez e preocupações do mundo serão apanhados de surpresa; para vencer no dia do Senhor precisamos vigiar, orar, usar a couraça da fé e amor e o capacete da esperança. 4: A luz é a Palavra de Deus e o caminho indicado por Ele; o contrário de tudo o que Deus ensina é escuridão; quem anda em trevas não se prepara para o dia do Senhor. 5: Na noite do pecado, as pessoas se embriagam e dormem o sono da distração espiritual, ao contrário dos sóbrios, que vigiam, vivem na luz, na fé e na esperança. 6: Devemos viver na fé, no amor e na esperança, porque temos a certeza da salvação e de que seremos salvos da condenação; nessa certeza, devemos viver animando e edificando uns aos outros.

domingo, 27 de maio de 2012

Lição 9 - LIBERDADE PARA MINISTRAR - 26 de maio a 2 de junho

Lição 9
26 de maio a 2 de junho




Sábado à tarde
Ano Bíblico: Ne 5–8

VERSO PARA MEMORIZAR: “Como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10:15, RC).

Leituras da semana: Êx 18:13-26Mt 7:17, 18At 6:1-8Jo 4:36At 15:36-40

Pensamento-chave: Não é suficiente que as pessoas sejam treinadas para o evangelismo e testemunho; elas devem trabalhar ativamente em favor das pessoas.

Muitos membros da igreja lamentam o fato de que, embora estejam prontos para assistir a seminários de capacitação sobre testemunho e evangelismo, quando voltam à sua igreja, não são encorajados a se envolver no trabalho. Consequentemente, muitas igrejas que não são realmente ativas nas atividades evangelísticas e de testemunho não estão cientes acerca das pessoas bem treinadas em seu meio. Ocasionalmente alguns oferecerão voluntariamente seus serviços, mas muitos outros concluirão que não são necessários nem desejados. 
A maneira mais bem-sucedida de sufocar o envolvimento dos membros na atividade da igreja é negar-lhes a participação em áreas nas quais eles estão habilitados a atuar. É responsabilidade de cada igreja local descobrir onde e como cada membro pode contribuir com as estratégias de testemunho e evangelismo. Todos os que estão dispostos têm um lugar. A chave é descobrir qual é esse lugar.


Nesta semana, estudaremos o conceito de enviar missionários de modo planejado e as formas pelas quais o envolvimento máximo dos membros contribui para a harmonia geral da igreja e para o crescimento espiritual e numérico.


Domingo
Ano Bíblico: Ne 9–11


Responsabilidade compartilhada


Muitos dedicados líderes de igreja têm interrompido ou, na melhor das hipóteses, diminuído sua eficiência por falta de vontade de compartilhar a responsabilidade do ministério. Esse problema não é uma novidade gerada pelo mundo moderno com seu ritmo acelerado. Até Moisés, o grande líder do Antigo Testamento, precisou de ajuda para ter visão mais ampla a respeito da liderança compartilhada. Podemos aprender muito com sua experiência e com o bom conselho recebido de seu sogro Jetro.

1. Conforme o conselho de Jetro, quem deveria assumir o trabalho de julgar as questões mais simples entre o povo? Êx 18:13-26, especialmente o verso 22

Podemos apenas imaginar quanto tempo Moisés teria sido capaz de manter uma agenda de trabalho fora da realidade. Da mesma forma, só podemos supor até que ponto Moisés estava ciente da disponibilidade de auxiliares capazes. No entanto, o que a história revela é que havia muitos homens capazes e dispostos a ajudar. Moisés precisaria permitir que eles se envolvessem, delegando a eles determinadas funções de liderança.

O ministério no qual os líderes da igreja devem voluntariamente tomar parte inclui o testemunho e evangelismo. Os princípios da responsabilidade devidamente organizada e compartilhada que encontramos na experiência de Moisés são de valor inestimável aos nossos esforços para ganhar pessoas para o reino de Deus.


2. Por que Moisés escolheu homens com semelhantes qualidades, mas deu a eles variados graus de responsabilidade? Que talentos específicos podem ter determinado suas funções? Como esses princípios se aplicam às estratégias evangelísticas das igrejas atuais? Êx 18:2125

Provavelmente tenha sido a natureza profundamente espiritual da tarefa de falar em nome de Deus que tornou Moisés relutante em compartilhar suas responsabilidades. Nós também sentimos a tremenda responsabilidade de falar às pessoas sobre Deus e em nome de Deus. Nosso testemunho e evangelismo é um assunto sério. Somos cuidadosos porque a vida eterna está em jogo. E embora isso deva nos levar a ter cuidado quanto à forma de proceder, devemos estar sempre dispostos a envolver todos na tarefa de evangelizar e alcançar pessoas.

Segunda
Ano Bíblico: Ne 12, 13


Arriscar para alcançar sucesso


Os membros da igreja têm um tremendo potencial para o ministério. Muitos são entusiastas com o envolvimento nas estratégias evangelísticas da igreja, mas, às vezes, os líderes são relutantes em deixar que eles se envolvam. Por trás do pensamento de que apenas “os profissionais podem fazer o trabalho” está o medo de que os membros da igreja façam ou digam algo errado, fazendo com que as pessoas se afastem de Cristo e de Sua igreja. Infelizmente, essa resistência ao envolvimento dos membros está tão arraigada que prevalece mesmo quando as pessoas foram devidamente treinadas para um ministério. O Espírito Santo e Suas promessas não são apenas para os líderes, mas para todos os que estão dispostos a se entregar ao Senhor com fé e submissão, para todos os que estão dispostos a negar a si mesmos e trabalhar para a salvação dos outros.

3. Que princípio ensinado por Jesus deve aliviar os temores dos líderes preocupados? Como podemos distinguir entre os frutos bons e maus, e como a liderança da igreja como um todo deve se envolver nesse processo? Como podemos fazer isso sem julgar os outros? Mt 7:17, 18

Se toda árvore boa produz bons frutos, os líderes da igreja devem se concentrar nas árvores boas e que estão crescendo. Assim como acontece com tudo que se relaciona com nossa resposta ao chamado do evangelho, precisamos primeiramente ser alguém para Jesus antes de ter sucesso em fazer coisas para Ele. Se dermos a devida atenção à obra de conduzir pessoas a um relacionamento significativo e cada vez mais profundo com Jesus, o Espírito Santo fará com que elas produzam o fruto correto. Nossa parte é liderar, ensinar e treinar. A parte de Deus é abençoar o ministério dessas pessoas. Precisamos confiar nelas e em Deus. Se dermos a devida atenção ao crescimento espiritual e habilidades práticas, podemos acreditar que as pessoas produzirão o fruto correto do sucesso evangelístico. Certamente, pode haver um elemento de risco, dependendo do ministério realizado e do nível de treinamento, mas devemos lembrar que nem mesmo os discípulos, que tiveram o maior Mestre da História, ganharam todas as pessoas a quem apelaram.

Você já sentiu que seus dons e talentos não foram apreciados? Qual pode ter sido a causa? Faça uma avaliação pessoal e verifique se a culpa está com você e com alguma atitude sua (orgulho, e assim por diante) e não em outras questões.

Terça
Ano Bíblico: Et 1– 4


Adaptando trabalhadores para a colheita


Quando as pessoas demonstram interesse em aprender mais sobre Deus e Sua igreja, devemos escolher com cuidado os que receberão a tarefa do testemunho. Em uma sociedade multicultural, faríamos bem em designar alguém da mesma nacionalidade e língua do interessado e, possivelmente, alguém de uma faixa etária similar. Além disso, poderíamos considerar a maturidade espiritual, conhecimento bíblico, habilidades de comunicação e experiência de salvação do missionário. Em outras palavras, devemos levar a sério a adaptação do obreiro àqueles com quem eles estão trabalhando.

Quando se trata de testemunho e evangelismo, não existe algo como “tamanho único” ou uma solução que sirva para todos os casos. A jornada da vida de cada pessoa é única, e isso vale para a jornada espiritual. No entanto, embora exista essa singularidade, também há semelhanças na experiência das pessoas, e existe bom senso em ajustar da melhor forma possível a experiência do cristão e a do interessado.


4. Que diferentes tarefas eram realizadas pelos cristãos? Quais foram os resultados quando os ministérios e habilidades específicos foram harmonizados? At 6:1-8

Observe a progressão destes eventos: os discípulos foram informados de um problema urgente, e pediram que os cristãos escolhessem sete homens para lidar com o problema. Os crentes trouxeram os nomes selecionados aos discípulos, que os nomearam com a imposição das mãos. E o número dos discípulos se multiplicava grandemente.

Embora Estêvão e os outros seis escolhidos devessem “servir às mesas”, não parece que a qualificação para essa tarefa fosse a capacidade de organizar e distribuir alimentos. Os cristãos ainda procuravam homens cheios do Espírito, porque seu ministério em favor das viúvas judias de fala grega também seria uma obra de testemunho e evangelismo. Assim, vemos que esses homens recém-nomeados foram vitais para a evangelização da igreja primitiva por terem liberado os evangelistas da linha de frente e também apoiado ativamente sua obra (v. 8). Mais uma vez podemos afirmar que, seja qual for o ministério em que os membros se envolvam, direta ou indiretamente seu trabalho será uma contribuição e apoio às atividades de testemunho e evangelismo da igreja.


Embora os talentos naturais, dons espirituais e treinamento específico sejam importantes para um ministério espiritual bem-sucedido, as atitudes pessoais são ainda mais importantes. Note que em Atos 16:1-5 e 4:36, 37, Timóteo e Barnabé fizeram tudo o que foi preciso para apoiar o ministério evangélico. Barnabé ofereceu seus recursos pessoais e Timóteo se submeteu à circuncisão para não ofender alguns judeus. As lições para nós são, de fato, óbvias.


Quarta
Ano Bíblico: Et 5–7


Crescimento espiritual por meio do trabalho


Uma igreja não pode colocar a espiritualidade automaticamente no coração de seus membros. No entanto, é uma grande verdade que, quando os cristãos respondem ao chamado de Deus para ser discípulos, sua caminhada pessoal com o Senhor se aprofunda e se fortalece. Embora não devamos nos envolver no testemunho e evangelismo apenas como tentativa de crescer espiritualmente, quando realizadas com amor genuíno por Deus e pelos perdidos, essas atividades trazem inúmeras bênçãos espirituais a todos os envolvidos.

5. Qual é a relação entre a prática voluntária da vontade divina e o crescimento no conhecimento de Deus e na espiritualidade? Jo 7:17

Como uma pessoa que procura a verdade pode ter certeza de que encontrou a verdade genuína? No verso 17, Jesus apresenta uma verdade que ajuda a todos os que desejam segui-Lo. Os que estão dispostos a fazer a vontade de Deus podem saber se uma doutrina é ou não de Deus. Como isso pode ocorrer? Evidentemente, há um crescimento espiritual através da ligação com Deus. Os que vivem de acordo com a verdade bíblica que conhecem receberão maior luz.

Há uma forte conexão entre ouvir e fazer (Ap 1:3). Os que fazem a vontade de Deus, por menos que a conheçam, são abençoados com um relacionamento cristão cada vez mais profundo que, unido ao estudo da Bíblia com espírito de oração, levará a mais amplas revelações da verdade e a um estimulante crescimento espiritual.


6. Qual é o salário espiritual recebido como resultado do envolvimento na colheita de pessoas? Que comunhão espiritual é sugerida na imagem do semeador e do ceifeiro se alegrando juntos? Jo 4:36

Muitos comentaristas sugerem que os discípulos estavam ceifando onde João Batista e Jesus tinham semeado. A própria mulher samaritana, evidentemente, havia plantado algumas sementes do evangelho entre o povo de sua cidade. Como eles devem ter se alegrado juntos, quando a colheita espiritual amadurecida foi recolhida no reino! Quando respondemos ao chamado de Deus para nos envolvermos na conquista de pessoas, esse vínculo, essa proximidade e crescimento espirituais brotam como resultado natural de estarmos na equipe divina.

Sua fé se tornou mais forte por meio de seu testemunho pessoal, tanto nas situações de vitória quanto nas de derrota? O trabalho de testemunhar influencia seu relacionamento com o Senhor?

Quinta
Ano Bíblico: Et 8–10


Harmonizando por meio do envolvimento


Há um fenômeno que às vezes é difícil explicar, mas pode ser mais bem descrito como “Influência circular”. No que diz respeito à harmonia e envolvimento, a influência circular funciona assim: ao envolver pessoas, você promove harmonia, que, por sua vez, incentiva o envolvimento das pessoas, o que, por sua vez, promove a harmonia. Você pode ver o princípio da influência circular no trabalho. Está claramente demonstrado no velho ditado: “Os que estão puxando os remos não têm tempo para balançar o barco.”

Houve algumas decisões importantes feitas no desenvolvimento da organização da igreja primitiva que poderiam ter causado grandes conflitos, mas as preferências pessoais dos cristãos foram submetidas ao que era melhor para a tarefa que seu Senhor lhes tinha dado.


7. Considere o importante processo da nomeação de Matias. Embora não lancemos sortes hoje, que pontos fundamentais eles estavam procurando ali, e que princípios podemos tirar desse exemplo para a obra do ministério hoje? At 1:15-26

É claro que, sempre que os seres humanos estão trabalhando juntos, há possibilidade de conflitos. Estamos certos em pensar que o maligno está trabalhando para minar a eficácia dos cristãos. É perfeitamente justo, então, que recapitulemos brevemente um incidente no ministério evangelístico da igreja primitiva, no qual houve um conflito real.

8. O que causou a diferença de opinião entre Paulo e Barnabé? Qual foi o resultado de sua discordância, e o que podemos aprender com isso? At 15:36-40

Em uma viagem missionária anterior, João Marcos havia deixado Paulo e seus outros companheiros e voltado para Jerusalém. Parece que esse incidente (At 13:13) tornou Paulo relutante em levar João Marcos com ele nessa nova viagem. Por outro lado, Barnabé achava que, se o levassem, haveria benefício para o próprio João Marcos e também para o empreendimento missionário. Consequentemente, enquanto Paulo escolheu Silas para acompanhá-lo, Barnabé viajou com João Marcos.

Em lugar de permitir que as diferenças pessoais ofuscassem a tarefa evangelística, eles enviaram dois grupos de testemunho. Embora Paulo e João Marcos tenham trabalhado juntos novamente de modo proveitoso (2Tm 4:11), naquela ocasião anterior eles não permitiram que suas diferenças interferissem na missão.


Sexta
Ano Bíblico: Jó 1, 2


Estudo adicional


Dependendo do programa de testemunho e evangelismo que você está planejando, os prazos específicos variam de acordo com as diferentes estratégias e prioridades utilizadas para alcançar o alvo. No entanto, existem alguns pontos gerais a considerar.

1. Registre o que você procura alcançar ao longo dos próximos doze meses. Especifique alvos em termos de pessoas e discipulado, e não apenas a conclusão dos programas.
2. Escreva um planejamento de procedimentos. Ele deve incluir importantes períodos de treinamento, datas para início e término do programa e as datas específicas para avaliação.
3. Ao elaborar as principais etapas do programa, certifique-se de que você também especificou quais indivíduos ou equipes são responsáveis em cada etapa.
4. Especifique como as estratégias de seu programa se integram com o programa geral da igreja. Mencione onde e como as outras estratégias da igreja apoiarão sua estratégia e onde o trabalho de sua equipe fortalecerá o programa da igreja.
5. Considere se seu programa será permanente ou se ele será repetido no ano seguinte. Isso ajudará a determinar que tipo de treinamento deverá ser realizado.


Perguntas para reflexão
O que Deus espera da igreja em relação à conquista de pessoas? O que a igreja pode fazer para ajudar os membros a entender as expectativas de Deus? Como as citações abaixo se aplicam a você?


“Deus espera serviço pessoal da parte de todo aquele a quem confiou o conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir como missionários para terras estrangeiras, mas todos podem ser missionários entre os familiares e vizinhos” (Ellen G. White,Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 30).


“A todos que se tornam participantes de Sua graça, o Senhor aponta uma obra a ser feita em favor de outros. Individualmente, devemos permanecer em nosso lugar, dizendo: “Eis-me aqui. Envia-me!” (Is 6:8, NVI; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 222).


Respostas sugestivas: 1. Chefes de mil, chefes de cem, de cinquenta e de dez; homens capazes e tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos da avareza. 2. Considerou as habilidades, o potencial de cada um deles e a influência exercida nas famílias e tribos; e contou com a orientação divina. 3. A pessoa pode produzir frutos bons ou maus; não devemos julgar antes que os frutos apareçam; devemos avaliar com sabedoria. 4. Serviam alimento às viúvas; oravam e ministravam a palavra; operavam milagres; com os diáconos a igreja passou a crescer mais. 5. A pessoa que deseja fazer a vontade de Deus conhecerá e entenderá a doutrina verdadeira e conhecerá pessoalmente o Senhor. 6. O salário são as pessoas conquistadas; semeador e ceifeiro compartilham da mesma alegria pelo trabalho que realizaram juntos. 7. A pessoa devia ter acompanhado o grupo de Jesus; devia testemunhar acerca da ressurreição e devia ser indicada por Deus. 8. A presença de Marcos na equipe; a equipe se dividiu; devemos evitar discórdias; Deus dirige a igreja, apesar das divergências.