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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


Cristão Limão ou Cristão Melancia?

O limão e a melancia são duas frutas muito diferentes, porém com algumas características semelhantes.

- Ambas são da Classe das Magnoliopsidas
- Ambas têm, normalmente, a casca esverdeada
- Ambas são ricas em vitaminas B e C
- Ambas são ricas em sais minerais (Ferro, Cálcio e Fósforo)
- Ambas produzem um suco muito refrescante
- Ambas possuem baixo teor calórico (em 100g, o limão possui 25 calorias, e a melancia, 32).

Por outro lado, existem algumas diferenças bastante visíveis entre as duas frutas. A que eu gostaria de destacar é o SABOR.

O limão, por ser rico em ácido cítrico, tem um sabor fortemente azedo. Já a melancia é bastante suculenta (90% da polpa é de água) e de sabor adocicado. Aliás, apenas por curiosidade, sou "especialista" em escolher boas melancias...rsrs

O Cristão "Limão"

Este é aquele cristão que, às vezes, tem excelentes qualidades, assim como o limão. Pode até mesmo ser uma pessoa extremamente inteligente e culta nos assuntos bíblicos, doutrinários, teológicos, etc. Geralmente conhece a Bíblia de capa-a-capa. É aquele que sabe textos bíblicos de cor, e os recita na ponta da língua. Ganha muitos concursos bíblicos, e já decorou o Salmo 119 quase todo (rsrs). É um dos primeiros a chegar na igreja, e se orgulha de seus gostos conservadores.

Mas é azedo... ácido.

É uma pessoa muito crítica, que só consegue ver o defeito, os erros, nas outras pessoas. É aquele que não mede as palavras e, frequentemente, as utiliza para machucar e causar sofrimento. Ele não pensa duas vezes antes de apontar o dedo e acusar, criticar, magoar. Está sempre insatisfeito e falando mal de tudo e de todos (principalmente dos pastores). Na hora do almoço, para o cristão "limão", o prato principal é falar sobre os erros dos seus "irmãos" (a roupa, a música, a pregação, a recepção...tudo). Nada o satisfaz plenamente.

Talvez fosse deste tipo de cristão (o "limão") que Tiago se referia quando escreveu:
"Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã" (1:26).

"Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!" (3:5).

E o próprio Salomão, centenas de anos antes de Tiago, também já havia falado sobre isso:
"O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias" (Prov. 21:23).

O cristão "limão" tem muitas qualidades, mas tem um péssimo defeito: SEU SABOR... argh!

O Cristão "Melancia"

Este também é muito valioso. Também se dedica a estudar a Bíblia profundamente, e está sempre entre os que mais a conhecem. Sabe defender sua fé, mas utiliza as palavras de forma a construir bons relacionamentos, que facilitam a entrada de Jesus na vida das pessoas. Ele procura entender as dificuldades dos seus irmãos, e se coloca à disposição para ajudar. Está sempre preocupado com os que estão desanimados na fé, e os visita com frequência levando palavras "doces" e edificantes. O "melancia" não vai na casa de um irmão apenas para saber se a TV está ligada na novela, ou se estão assistindo o Globo Repórter... ele vai por que ama as pessoas.

A grande vantagem do cristão "melancia" sobre o cristão "limão" é exatamente O SABOR. As palavras doces, o espírito amigável e reconciliador, o semblante terno e convidativo, são características do cristão "melancia". Nem todos gostam dele, mas isso não é problema, pois ele continuará sendo "doce" do mesmo jeito.

"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Prov. 15:1).

"A longanimidade persuade o príncipe, e a língua branda esmaga ossos" (Prov. 25:15).

Conclusão

Muitos de nós alternamos os dois tipos de Cristianismo: hora somos "limão", hora somos "melancia". Os dois são muito importantes, e precisam co-existir.

Mas não há dúvidas de que o cristão "melancia", que sabe usar as palavras na hora certa, sem ferir ou machucar desnecessariamente, é aquele que nós mais precisamos nas horas em que a "sede" da alma aperta.

Limão ou Melancia, você decide o que deseja ser!

sábado, 5 de novembro de 2011

O FARISEU E O PUBLICANO


Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado. Lucas 18:14
No cenário, dois homens: um fariseu e o outro, cobrador de impostos. Um reconhecia sua pecaminosidade e necessidade de Deus. O outro se considerava uma grande aquisição para a igreja. O fariseu queria justiça. O publicano apelava apenas por misericórdia.
Mas deixe de lado o preconceito que havia contra os fariseus, porque, apesar de tudo, eles tinham suas virtudes. Eles observavam alto nível de moralidade, eram defensores da Bíblia, estritos observadores do sábado e contribuíam com a igreja. Sempre se apresentavam bem vestidos, chegavam cedo aos cultos e faziam questão de entregar o envelope de ofertas diretamente ao “pastor”. Os publicanos, por outro lado, eram vistos como pecadores inescrupulosos, e esse a que se refere a parábola, sem saber o que dizer, apelou por misericórdia.
Temos que reconhecer que na maioria de nós há um pouco de ambos – e às vezes um pouco mais de fariseu do que de publicano.
O que Jesus está tentando nos ensinar é que nenhuma coisa boa que fizermos vai ser suficiente para que passemos no “teste de entrada” no Céu. O fariseu mantinha uma lista de tudo o que fazia. A vida cristã sempre era um fardo, porque ele sempre se sentia aquém da quantidade de orações que devia fazer. “Tenho que entregar esta lista na entrada do Céu”, era o pensamento dele, como se a tal lista fosse um credenciamento seguro para poder entrar.
A realidade é que mesmo que vivamos orientados pela graça de Deus, nossa tendência para a justificação por meio das obras é tão grande que na primeira oportunidade largamos a graça e queremos demonstrar para Deus que somos bons fazendo alguma coisa.
Na versão bíblica The Message, lemos o texto assim: “Dois homens foram ao templo para orar, um era fariseu e o outro, cobrador de impostos. O fariseu fazia pose e orava assim: ‘Ó, Deus, eu Te agradeço que não sou como outras pessoas, ladrões, trapaceiros, adúlteros. Nem (que o Céu me perdoe) como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de todos os meus rendimentos. Enquanto o publicano andava curvado na escuridão, com o rosto entre as mãos, sem ousar olhar para cima, dizia: ‘Deus, tem misericórdia. Perdoa-me, um pecador” (Lc 18:10-13).
Onde estamos na parábola? Jesus disse: “Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Lc 18:14). 
Fonte: Meditação Matinal 2011