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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Lição 7 - Vida Santa - 11 a 18 de agosto


Lição 7
11 a 18 de agosto








Sábado à tarde
Ano Bíblico: Jr 4–6

VERSO PARA MEMORIZAR: “Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (1Ts 4:7).

Leituras da semana: 1Ts 4:1-12Mt 25:34-46Gn 39:9Jo 13:34, 35

Pensamento-chave: Embora a sexualidade humana seja um dom de Deus, assim como todos os dons, ela pode ser mal utilizada.

Os três capítulos iniciais de 1 Tessalonicenses focalizam principalmente o passado. Nos capítulos 4 e 5, no entanto, Paulo se volta para o futuro. Algumas coisas estavam faltando na fé dos crentes de Tessalônica (1Ts 3:10), e ele queria ajudá-los a corrigir essas deficiências. A carta iniciaria o processo, que seria intensificado somente depois que Paulo se encontrasse com eles novamente.

Começando com 1 Tessalonicenses 4:1, Paulo aprofunda o tema da amizade, apresentado nos primeiros três capítulos, oferecendo conselhos práticos para a vida diária dos tessalonicenses.

A principal área de preocupação (mas não a única) nos versos desta semana trata da má conduta sexual. Embora não seja informado o que, especificamente, motivou essa admoestação, Paulo fala muito claramente sobre a necessidade de evitar a imoralidade sexual. Ele emprega linguagem muito forte, dizendo que aqueles que rejeitam sua instrução não estão rejeitando a ele, mas ao Senhor. No entanto, basta observar o sofrimento causado pela má conduta sexual para entender por que o Senhor falou tão fortemente por meio de Paulo sobre esse tema.

Domingo
Ano Bíblico: Jr 7–9

Progredir cada vez mais (1Ts 4:1, 2)


1. Como os princípios da oração de Paulo em 1 Tessalonicenses 3:11-13 poderiam ser aplicados na vida dos cristãos? Qual é a relação entre essa oração e as instruções de 1 Tessalonicences 4:1-18?

A oração de Paulo em 1 Tessalonicenses 3:11-13 contém uma série de palavras­chave que antecipam o conteúdo de 1 Tessalonicenses 4:1-18. A oração menciona a necessidade de progredir em santidade e mútuo amor, à luz da segunda vinda de Jesus. Todos esses temas apontam para passagens específicas no capítulo 4.

No texto de hoje (1Ts 4:1, 2), Paulo continua abordando a ideia apresentada em 1 Tessalonicenses 3:12 acerca de “aumentar”, embora a conexão seja encoberta pela maioria das traduções modernas. As traduções modernas têm o objetivo louvável de tornar as coisas mais compreensíveis na linguagem de hoje, mas, inadvertidamente, podem esconder as conexões explícitas no original. Na versão King James, fica claro o paralelo entre 1 Tessalonicenses 3:12 e 1 Tessalonicenses 4:1. Em ambos os lugares, Paulo convida os tessalonicenses a aumentar, progredir “cada vez mais” em seu amor de uns pelos outros e para com todos.

Paulo havia começado a construir a estrutura cristã dos irmãos enquanto estivera com eles, mas tinha sido impressionado pelo Espírito Santo a preencher as lacunas (1Ts 3:10) e iluminar o entendimento deles. O resultado seria “mais e mais” do que eles já estavam tentando fazer: viver de modo digno da sua vocação.

Paulo começa o capítulo 4 com a palavra “Finalmente”. Nos capítulos 4 e 5, ele desenvolve o assunto dos capítulos anteriores, nos quais sua amizade com os irmãos é colocada como base para os conselhos práticos que ele dá depois. Eles haviam começado bem. Então, o apóstolo queria que continuassem crescendo nas verdades que tinham aprendido.

Duas menções de Jesus nessa passagem (1Ts 4:115) são especialmente interessantes. Elas indicam que Paulo estava transmitindo o ensino das palavras do próprio Jesus (que mais tarde foram preservadas nos quatro evangelhos). Paulo estava oferecendo mais do que um bom conselho. O próprio Jesus ordenou os comportamentos que ele estava encorajando. Como servo de Cristo, ele estava compartilhando as verdades que havia aprendido de Cristo.

Leia novamente 1 Tessalonicenses 4:1. O que significa andar de modo a “agradar a Deus”? Será que o Criador do Universo realmente Se preocupa com nossa maneira de agir? Como nossas ações realmente podem “agradar a Deus”? Quais são as implicações de sua resposta?

Segunda
Ano Bíblico: Jr 10–13


A vontade de Deus: a santificação (1Ts 4:3)


O texto de 1 Tessalonicenses 4:3-8 forma uma completa unidade de pensamento. A vontade de Deus para cada crente de Tessalônica é “santidade” ou “santificação” (1Ts 4:347). O que Paulo quer dizer por santidade aqui é explicado nas duas frases seguintes. Cada crente deve evitar a “imoralidade sexual” e “controlar o seu próprio corpo” (1Ts 4:3, 4, NVI). Paulo concluiu a unidade de pensamento com três motivações para a vida santa (1Ts 4:6-8): (1) Deus é um vingador nessas questões, (2) Ele nos chama para a santidade, e (3) Ele dá o Espírito para nos ajudar. Na lição de hoje e nos próximos dois dias, estudaremos essa passagem com mais detalhes.

2. Leia 1 Tessalonicenses 4:3 e 7. Qual é a relação entre os dois versos? Qual é a mensagem básica de ambos? Qual é a importância dessa mensagem para nós hoje?

verso 3 é a continuação do verso 1, em que Paulo lembra aos tessalonicenses de como eles deviam “andar” (RC) ou “viver” (em muitas traduções) – um conceito hebraico usado para descrever o comportamento moral e ético do dia a dia. No verso 3, ele usa outro conceito hebraico para descrever a vida e o crescimento espiritual: “santidade” ou “santificação”.

Uma definição típica de santidade é “separação para uso sagrado.” Mas Paulo dá ao termo um significado mais específico. Santidade é a condição na qual os tessalonicenses estarão na volta de Jesus (1Ts 3:13). Mas, no capítulo 4, ele escolhe uma forma do conceito que enfatiza o processo e não o resultado. É um substantivo de ação: “estar se santificando”, e não apenas um ato de santificação. A vontade de Deus é que estejamos envolvidos nesse processo (1Ts 4:3).

Paulo claramente não apoia um evangelho sem lei. Existem requisitos comportamentais para os que estão em Cristo. No verso 7, o oposto de “santidade” é “impureza” ou “imundícia” (RC). Paulo explica que eles deviam se abster “da imoralidade sexual” (1Ts 4:3, NVI). Em grego, a palavra para “imoralidade sexual” é porneia, que hoje incluiria tudo, de pornografia e prostituição até a atividade sexual fora do casamento.

Embora a salvação seja pela graça de Deus mediante a fé, o cristão deve crescer e sempre se esforçar para alcançar a perfeição prometida em Cristo.

O dom da sexualidade é evidência poderosa do amor de Deus. No entanto, tem sido utilizado de modo tão equivocado que, para muitos, se tornou maldição, causa de grande sofrimento e tristeza. Que escolhas podemos fazer para nos protegermos dos potenciais danos que o abuso desse dom pode trazer?

Terça
Ano Bíblico: Jr 14–16


Não como fazem os gentios (1Ts 4:4, 5)


3. O que devemos fazer com nosso corpo? Que exemplo devemos evitar? Que lição esse texto traz para nós? 1Ts 4:4, 5

Embora a moral discutida pelos filósofos na lição 3 atacasse muitas formas de excesso sexual, nos dias de Paulo, a sociedade pagã tinha pouca ou nenhuma restrição sexual. De acordo com o famoso orador pagão Cícero, “se há alguém que pensa que os jovens deveriam ser proibidos de ter um relacionamento sexual, mesmo com as prostitutas, sem dúvida, é muito rigoroso... mas sua visão é contrária não apenas à licenciosidade desta época, mas também aos costumes e concessões de nossos antepassados. Pois quando isso não foi uma prática comum? Quando isso foi condenado? Quando foi proibido?” (citado em Abraham Malherbe, “As Cartas aos Tessalonicenses”, The Anchor Bible, v. 32B; New York, Doubleday, 2000, p. 235, 236).

Hoje em dia, muitos rejeitam qualquer tipo restrição sexual. Acham que passagens como 1 Tessalonicenses 4:4, 5 foram relevantes principalmente em algum outro tempo e lugar. Mas o mundo antigo não era mais contido sexualmente do que nosso mundo de hoje. A mensagem de Paulo não seria mais aceitável na sociedade daquele tempo do que na de hoje.

A solução de Paulo para o problema do excesso sexual é que cada homem deve “possuir o seu vaso” (1Ts 4:4, RC). A palavra traduzida como “possuir”, em grego normalmente significa “adquirir”. O significado de “adquirir seu vaso” não é claro. Se com o termo “vaso” Paulo quis dizer “mulher” (essa era uma expressão antiga comum para mulher; 1Pe 3:7), ele estava dizendo que todo homem deve procurar um casamento honroso a fim de evitar a promiscuidade sexual.

Mas a maioria das traduções modernas entendem que a palavra “vaso” se refere ao próprio corpo do homem. Nesse caso, a expressão “possuir o seu vaso” deve ser interpretada como “saiba controlar o seu próprio corpo” (NVI).

Em ambos os casos, Paulo claramente confronta a frouxidão moral de sua época. Os cristãos não devem se comportar como os “gentios”. A norma da sociedade em geral não deve servir de regra para nós. O sexo é santo, separado para o casamento entre um homem e uma mulher. Como Paulo ressalta em 1 Tessalonicenses 4:6, o sexo nunca pode ser um assunto casual. Quando praticado fora das normas estabelecidas por Deus, é inevitavelmente destrutivo. Quem já não viu na vida de outros, ou na própria vida, o quanto esse dom pode ser destrutivo, quando abusamos dele?

Quarta
Ano Bíblico: Jr 17–19


De acordo com o plano de Deus (1Ts 4:6-8)


4. O que Paulo disse sobre a imoralidade sexual? 1Ts 4:6-8

Um homem que havia sido sexualmente ativo fora do casamento disse a um pastor: “Quando jovem, aprendi a ver o sexo e o amor como uma e a mesma coisa. Quando me casei, no entanto, descobri que sexo antes do casamento destrói não somente o corpo (eu contraí uma doença venérea), mas também a mente. Embora sejamos cristãos, eu e minha esposa tivemos que lutar com os comportamentos mentais e emocionais que eu trouxe do passado para nosso casamento.”

As restrições da Bíblia não estão ali porque Deus quer nos impedir de sentir prazer. Em vez disso, elas nos protegem dos danos físicos e emocionais que ocorrem como resultado da imoralidade sexual. Restringimos a nós mesmos sexualmente porque nos preocupamos com o impacto de nossa vida sobre a dos outros. Cada pessoa é alguém por quem Cristo morreu e não deve ser explorada sexualmente, de nenhuma forma. Fazer isso é pecar não apenas contra essa pessoa, mas contra Deus também (Gn 39:9). Sexo não está relacionado apenas com nossa maneira de tratar os outros, mas com nosso modo de tratar Cristo na pessoa dos outros (Mt 25:34-46).

Em última análise, o sexo afeta nosso relacionamento com Deus. São os gentios, que não conhecem a Deus, que vivem “com o desejo de lascívia” (1Ts 4:5). É a ignorância de Deus que produz comportamento imoral. Os que ignoram os ensinamentos da Bíblia sobre esse assunto rejeitam não apenas esses ensinamentos, mas também o chamado de Deus e até mesmo o próprio Deus (1Ts 4:8).

Por outro lado, quando seguimos o plano de Deus, o sexo se torna uma bela ilustração do amor abnegado que Ele derramou sobre nós em Cristo (Jo 13:34, 35). Se esse dom for apreciado de acordo com a vontade do Senhor, revelará de modo poderoso o tipo de amor que Deus tem pela humanidade e o tipo de relacionamento que Ele deseja ter com Seu povo.

Em 1 Tessalonicenses 4:7 somos orientados a viver em “santidade”. O que significa isso? Está relacionado com alguma coisa além da conduta sexual? O que mais poderia ser incluído?

Quinta
Ano Bíblico: Jr 20–23


Cuidar do próprio negócio (1Ts 4:9-12)


5. Que aspectos de 1 Tessalonicenses 3:11-13 são reafirmados no texto de 1 Tessalonicenses 4:9-12?

Os gregos tinham diversas palavras para “amor”, duas das quais são encontradas no Novo Testamento. Eros (não encontrada no Novo Testamento) é a palavra grega da qual obtemos a palavra erótico. Refere-se ao aspecto sexual do amor. Ágape é o termo mais usado no Novo Testamento, quando se refere ao amor abnegado. Ele é frequentemente usado em relação ao amor de Cristo por nós, manifestado na cruz.

Outra palavra grega para amor, philos, é destacada em nossa passagem de hoje. Paulo lembrou aos tessalonicenses o que eles já sabiam sobre o “amor fraternal”. A palavra grega para amor fraternal é o termo a partir do qual a cidade de Filadélfia recebeu seu nome. No mundo gentílico, philadelphias se referia ao amor pelos parentes de sangue. Mas a igreja ampliou esse significado para incluir o amor pelos outros cristãos, a família cristã, fundamentada na escolha. Esse tipo de amor familiar é ensinado por Deus e é um milagre da Sua graça.

6. Que admoestação Paulo fez aos tessalonicenses sobre negócios e ocupação no contexto urbano? 1Ts 4:11, 12

A igreja de Tessalônica parecia ter um número de pessoas preguiçosas e perturbadoras. O entusiasmo pela segunda vinda de Jesus pode ter levado alguns cristãos a abandonar seus empregos e a se tornar dependentes dos vizinhos gentios. Mas estar preparado em todos os momentos para testemunhar não significa ser perturbador, intrometido nem preguiçoso no trabalho ou na vizinhança. Para algumas pessoas de fora, o laço mais estreito que terão com a igreja será a impressão produzida pelo comportamento dos cristãos conhecidos.

A solução de Paulo para o problema de Tessalônica foi encorajá-los a ser ambiciosos (“diligenciardes”; “procureis”), não por poder ou influência, mas para viver “tranquilamente” (1Ts 4:11), o que envolveria cuidar do próprio negócio e trabalhar com as próprias mãos. No mundo antigo, o trabalho manual era o principal meio de subsistência. No mundo de hoje, Paulo provavelmente diria: “Sustente a si mesmo e a sua família e guarde um pouco para ajudar os que realmente necessitam”.

Como podemos aplicar essas palavras de Paulo à nossa vida e ao nosso contexto imediato?

Sexta
Ano Bíblico: Jr 24–26


Estudo adicional


Oamor é um princípio puro e santo, mas a paixão sensual não admite restrições nem que lhe ditem regras ou o controle da razão. É cega às consequências e não raciocina da causa para o efeito” (Ellen G. White, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 222).

“[O amor] é puro e santo. Mas a paixão do coração natural é algo totalmente diferente. Enquanto o amor puro coloca o Senhor em todos os seus planos e está em perfeita harmonia com o Espírito de Deus, a paixão é obstinada, imprudente, irrazoável, desafiadora de toda restrição e torna em ídolo o objeto de sua escolha. Na conduta de quem possui o verdadeiro amor, a graça de Deus será mostrada” (Ellen G. White, The Advent Review e Sabbath Herald [Revista Adventista e Arauto do Sábado], 25 de setembro de 1888).

“Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás devem guardar bem as vias de acesso ao coração; devem se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo das almas venha a sugerir. O coração deve ser fielmente guardado, pois, de outra maneira os males externos despertarão os internos e a pessoa vagará em trevas” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 518).

Perguntas para reflexão
1. Ellen White falou sobre “guardar as vias de acesso ao coração”. Que implicações esse princípio tem quanto às nossas escolhas de entretenimento e educação?
2. Paulo usa a expressão “cada vez mais” para descrever o crescimento no caráter e no comportamento. O que as igrejas podem fazer para incentivar essa experiência?
3. Se um jovem lhe pedisse pelo menos duas razões práticas para deixar o sexo para “depois do casamento”, o que você lhe diria, e por quê?

Resumo: A sexualidade é um assunto muito pessoal; no entanto, há muito perigo para a igreja quando a imoralidade sexual não é confrontada. Igualmente importante é o tipo de igreja que o mundo vê na vizinhança e no local de trabalho. As diretrizes de Paulo nesses assuntos são tão importantes hoje como foram em seu tempo.

Respostas sugestivas: 1: Os líderes devem estar perto dos fiéis e orar para que o Senhor produza neles o crescimento no amor, na santidade e na pureza, a fim de evitar a conduta pecaminosa e os enganos teológicos que surgirão antes da vinda de Jesus. 2: A vontade de Deus é a nossa santificação, que está em direção oposta à impureza e à prostituição; quando buscamos o Deus santo, abandonamos as coisas impuras. 3: Possuí-lo em santificação e honra; devemos evitar o desejo de lascívia, comum entre os gentios; para não ser dominado pelo pecado, precisamos conhecer a Deus. 4: Visto que Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação, se prejudicarmos nosso irmão, Deus será vingador. 5: O dever de crescer no amor de uns para com os outros; o amor é demonstrado na santidade dos irmãos que trabalham para não ser pesados aos outros e na proteção da honra uns dos outros. 6: Eles deviam viver tranquilamente, cuidando dos próprios negócios, evitando depender dos outros e dando bom exemplo aos não cristãos.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Lição 7 Senhor do Sábado


Lição 7
11 a 17 de fevereiro


 




“O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim, pois, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado” (Mc 2:27, 28).

Prévia da semana: Santificar o sábado em obediência ao mandamento é sinal da honra dada não apenas ao Criador, mas ao Redentor que descansou na sepultura depois de completar Sua obra na cruz.


Domingo, 12 de fevereiro
cpb - introdução

Por que lembramos?


Há alguns meses, após uma longa luta, decidi falar com uma amiga não adventista sobre minha fé e minha crença no sábado, o sétimo dia. Abordei o assunto da melhor maneira que conhecia – fazendo uma pergunta.

“Por que você crê assim? Por que você guarda o domingo como sábado?”


O que se seguiu foram muitos e-mails indo e vindo ao tentarmos explicar e compreender o que cada uma acreditava e onde residia o fundamento para nossas crenças. Ela nunca tinha dado muita importância à questão e ficou curiosa e interessada em minhas perguntas e explicações. Mas logo em sua primeira resposta, ela me fez uma pergunta que foi o ponto de partida para nossa conversação: “O que faz dos Adventistas do Sétimo Dia diferentes dos católicos e outros protestantes?”


Como Adventistas do Sétimo Dia, vivemos uma fé que nos torna únicos. Isso é particularmente evidente em nossa crença no sétimo dia como o sábado. Cada sábado pela manhã, adventistas de todo o mundo param para comungar com Deus, enquanto que, à sua volta parece que todo mundo está correndo em alta velocidade numa direção completamente oposta.


Em relação ao dia de adoração, a crença do adventismo parece simples. Por sua própria identidade, Adventistas do Sétimo Dia acreditam na santidade do sábado de Deus como sendo o sétimo dia. Mas além da questão do que acreditamos, residem outras perguntas críticas: Por que cremos dessa forma? Por que nos separamos na escola e no trabalho, seguindo este dia particular que tantos outros ignoram? Estamos nós apenas tentando ser diferentes em nome de ser diferente? Seria mesmo tão importante assim observar o sábado? Isso realmente importa?


Nesta semana, iremos além do “quê” de nossa crença no sábado de Deus como sétimo dia para lidar com o “por quê”. Aprenderemos que este dia, que é mais do que apenas outro dia da semana, leva o próprio carimbo de Deus, e que isso é um sinal e uma lembrança não apenas de Seu poder criativo e santificador, mas também de Seu senhorio e Sua bondade para com a humanidade. Ao passarmos algum tempo explorando o significado e propósito do sábado de Deus, começaremos a compreender a razão pela qual esse tempo especial, esquecido por tantas pessoas, é um dia no qual Deus nos chama para nos lembrarmos dEle.


Mãos à Bíblia

1. Quais foram as quatro ações de Deus quando Ele criou o sábado? Gn 2:1-3

Deus criou o sétimo dia, descansou nele, abençoou esse dia e o santificou. Isso significa que Ele o separou para uso santo. É maravilhoso saber que o próprio Deus “descansou” no sétimo dia. Seja qual for o significado desse descanso, isso mostra a seriedade com que esse dia deve ser guardado: O próprio Deus descansou nele! Deus Se referiu a essa bênção do sábado no quarto mandamento do Decálogo, ligando para sempre o sábado da criação ao sábado semanal.

2. Quantas vezes a expressão “sétimo dia” é repetida em Gênesis 2:1-3? Qual é o possível significado dessa repetição?

Esse dia específico foi mencionado três vezes. Isso destaca a natureza extraordinária do descanso do sétimo dia e claramente o separa do restante da semana.


Afia Birago Donkor – Canadá

Segunda, 13 de fevereiro
cpb - exposição

Senhor do sábado


Contexto (Marcos 2:23-26). O verso áureo desta semana é parte da defesa de Jesus em favor das atividades “ilegais” de Seus discípulos. Qual foi o crime deles? Colheram espigas para comer porque estavam com fome. Em qualquer outro dia, isto não teria sido problema. O Torá, na verdade, permite colher espigas no campo de outra pessoa (Dt 23:25). A discussão ali não era que os discípulos estivessem colhendo espigas de cereal mas, sim, que eles estavam fazendo isso no sábado. Contudo, não existe nada no Torá (nem em qualquer outro lugar na Bíblia, sobre esse assunto) que proíba colher espigas de trigo no sábado. Então, por que os fariseus descreveram o comportamento dos discípulos como “fora da lei”?

Os judeus que retornaram a Jerusalém após os 70 anos de exílio na Babilônia, sabiam muito bem que seu exílio havia sido uma punição por terem negligenciado as leis de Deus. Então, para evitar outro exílio, eles formularam uma legislação detalhada que iria protegê-los de jamais quebrar novamente o sábado (ou outras leis divinas). Tal legislação sabática evoluiu com o passar do tempo, mas por ocasião do ministério terrestre de Jesus, tinha se tornado uma lista de 39 proibições desenvolvidas pelos fariseus e, posteriormente, registradas no Mishnah (m. Shab. 7:2). Uma destas proibições era colher espigas de cereais.


Jesus primeiramente defendeu a ação de Seus discípulos ao mencionar a história do Antigo Testamento quando Davi comeu o pão da proposição do templo e o repartiu com alguns de seus companheiros (Mc 2:261Sm 21:1-6). O pão da proposição devia ser comido somente pelos sacerdotes (Lv 24:5-9), Davi e seus companheiros quebraram uma lei bíblica real.


Por que foi admissível para Davi e seus companheiros comerem o pão sagrado, quando nos mandamentos de Deus somente o sacerdote deveria comê-lo? Aparentemente, foi permitido porque eles estavam famintos e comer o pão da proposição era sua única opção para satisfazer a fome. Em tal caso, a necessidade humana foi mais importante que a formalidade religiosa (a santidade do pão da proposição). De idêntica maneira, os discípulos de Jesus não estavam em falta porque eles também estavam em necessidade de alimento, e era lícito colher espigas de cereal num campo. O fato de estarem fazendo isto num sábado não fez qualquer diferença.


Enquanto isso possa ter sentido perfeito para você e para mim, deve ter enfurecido os fariseus. Para eles, as 39 proibições sabáticas tinham a mesma autoridade do Torá. Então, que direito tinha Jesus de anular a autoridade deles? É aí que entra o verso bíblico desta semana.


O Sábado como bênção, não um fardo (Marcos 2:27). Com suas 39 proibições, os fariseus tornaram o sábado um fardo. Sob a lei farisaica, os judeus eram proibidos de algo tão esquisito como cuspir no chão no sábado porque, ao fazer isso, alguém poderia estar irrigando uma muda de grama. Eles também tinham proibições vagas como não transportar algo de um lugar para o outro. Com tais leis, os judeus deviam estar constantemente preocupados se mesmo as mais simples atividades no sábado eram violações dos mandamentos. Com tal ideia, provavelmente eles tivessem poucas oportunidades para apreciar o sábado.


Não foi isso o que Deus planejou que o sábado fosse. “E então [Jesus] lhes disse: O sábado foi feito [literalmente em consideração a] por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2:27). Deus criou os humanos dotados com a necessidade do descanso e do rejuvenescimento espiritual. Ele criou o sábado para preencher essas necessidades. Deus não precisa que Seu sábado seja guardado e não criou os humanos para suprir essa suposta necessidade.


Acho que todos nós já fomos tentados a considerar a guarda do sábado de maior valor do que os seres humanos são destinados a se beneficiar. Ellen G. White encoraja a igreja a ler e a colocar em prática Isaías 58. Esse capítulo nos lembra de que Deus Se desagrada quando colocamos as formalidades da religião antes das necessidades das pessoas.* O que podemos fazer para nos guardarmos de ceder a tal tentação?


O Senhor do Sábado (Marcos 2:28). Jesus conclui Sua defesa declarando que Ele é Senhor até do sábado. Como sabemos que aqui Ele estava Se referindo a Si mesmo? A expressão “Filho do Homem” é um título messiânico em conexão com Daniel 7:13, e é usado no Evangelho de Marcos exclusivamente como um título para Jesus.


Com essa simples declaração, Jesus diz muito sobre Si mesmo. Essa simples declaração, afirma que Ele é quem criou o sábado para nós. Com esta simples declaração, Ele afirma que somente Ele determina o que é permitido fazer no sábado. Isso foi uma dura repreensão para os fariseus, que estavam tentando impor suas próprias leis a respeito do sábado.


Sim, Jesus é o Senhor do sábado. Esta é a grande nova. Só Ele estabelece o propósito do sábado e Ele determinou que deveria ser uma bênção e uma alegria para os humanos (Is 58:13).


* Ellen G. White, Welfare Ministry, p. 29-34.

Pense nisto

É você abençoado pelo sábado a cada semana ou ele tem se tornado um fardo para você? Se ele é uma bênção, como você pode dividir essa bênção com outros? Se ele se tornou um fardo, por que você acha isso? O que você pode fazer para novamente começar a gozar a bênção do sábado ou fazê-lo pela primeira vez?


Mãos à Bíblia

3. O que o Senhor nos pede para fazer, e que razão é dada para atender esse pedido? Êx 20:8-11

Todas as pessoas da família, incluindo cada servo, de ambos os sexos, a classe trabalhadora juntamente com o “patrão”, devem descansar ao mesmo tempo. O sábado é o grande equalizador, o libertador de todas as desigualdades na estrutura social. Diante de Deus, todos os seres humanos são iguais, e o sábado é a única forma de revelar essa verdade fundamental, especialmente em um mundo tão dominado por estruturas de classe que colocam vários grupos “acima” ou “abaixo” dos outros.


Luke Self – Overland Park, Kansas, EUA

Terça, 14 de fevereiro
cpb - testemunho

O sábado – tocando a face de Deus


“No princípio Deus. ...” Essa frase é parte do primeiro verso das Sagradas Escrituras. A Bíblia começa com Deus, cuja existência e ação já existiam antes da criação do tempo e do espaço. Gênesis 2:1-3 categoricamente afirma que Deus é eterno e transcende ao Universo físico que Ele criou.

Durante a Revolução Francesa, Napoleão e seus partidários queriam abolir todos os vestígios do cristianismo, que incluíam o ciclo semanal de sete dias. Então, eles criaram um novo calendário chamado de Calendário Revolucionário Francês ou o Calendário Republicano Francês, que foi usado por cerca de 12 anos a partir do fim de 1793. Eventualmente, esse “calendário foi abolido porque tinha uma semana de trabalho de dez dias e dava aos trabalhadores menos descanso (um dia de folga em cada dez em vez de um dia em cada sete).”*


O mais certo e universal de todos os princípios científicos é a lei da causa e efeito. A Natureza testifica de um Deus infinito, eterno, onipotente, onisciente, vivo, pessoal, que Se importa tanto por Sua criação humana que separou um dia inteiro para seu descanso. Nossa necessidade de descanso é fundamental para nossa sobrevivência, especialmente agora por causa dos efeitos do pecado. Sem o descanso que Deus nos proporciona no sábado, nos desintegraríamos física, psicológica e espiritualmente. Esta é a obra do Projetista Mestre que sabia o que precisaríamos antes mesmo de nos ter criado. Além disso, no sábado temos um vislumbre de um Deus amoroso que nos deu um tempo especial não somente para o descanso, mas para comungar com Ele de maneiras especiais e para comemorar Sua criação.


Durante o sábado, Deus nos convida a tocá-­Lo. O sábado indica uma antecipação do descanso eterno que Deus prometeu ao Seu povo fiel no mundo feito novo. No pensamento francês, os homens acharam que podiam desafiar a instituição de Deus de uma semana com sete dias, mas tiveram que voltar atrás por causa do peso que isso causou ao povo. Nós também precisamos abandonar nossas ideias preconcebidas do sábado e observá-lo da maneira que Deus deseja.


* French Revolutionary Calendar, http://calendars.wikia.com/wiki/French_Revolutionary_Calendar (acessado em 13 de janeiro de 2011.)

Mãos à Bíblia

4. Que semelhanças e diferenças existem entre as duas apresentações da lei? Por que essas diferenças são importantes? Dt 5:12-15Êx 20:8-11

Ainda que ambas as apresentações do decálogo falem sobre os servos descansando no dia de sábado, Deuteronômio enfatiza esse ponto. O texto apresenta a razão pela qual eles devem guardar o sábado: “Para que o teu servo e a tua serva descansem como tu [ênfase nossa]” (Dt 5:14).

Quando o sábado foi instituído pela primeira vez, deveria ser um memorial da criação em um mundo sem pecado. Não tinha que ver com a libertação do cativeiro. Esse novo elemento foi acrescentado ao mandamento após a queda. Depois do pecado, esse dia passou a ser símbolo tanto da criação quanto da redenção, que é uma espécie de recriação (2Co 5:17Gl 6:15Ap 21:1).


Sammy R.Browne – Westbury, Nova York, EUA


Quarta, 15 de fevereiro
cpb - evidência

Deleitando-se no sábado


“Houve júbilo na instituição do sábado. Contemplando com satisfação as coisas que criara, Deus declarou ‘muito bom’ tudo quanto fizera.”1 “Como houvesse repousado no sábado, ‘abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou’ – separou-o para uso santo. Deu-o a Adão como dia de repouso.”2

“Durante toda a semana, cumpre-nos ter em mente o sábado e fazer a preparação indispensável, a fim de observá-lo conforme o mandamento. [...] As crianças devem participar do culto familiar, cada qual com sua Bíblia, lendo um ou dois versículos. Cante-se então um hino preferido, seguido de oração. [...] Não devemos perder as preciosas horas do sábado, acordando tarde. No sábado, a família deve se levantar cedo. Despertando tarde, é fácil atrapalhar-se com a refeição matinal e a preparação para a Escola Sabatina. Disso resulta pressa, impaciência e precipitação, dando lugar a que a família tenha sentimentos impróprios para esse dia. Sendo profanado, o sábado se torna um fardo, e sua aproximação será um motivo de desagrado em vez de regozijo, para a família.”3


“Por haver o sábado sido feito para o homem, é o dia do Senhor. Pertence a Cristo. Pois ‘todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez’ (Jo 1:3). Uma vez que Ele fez todas as coisas, fez também o sábado. Este foi por Ele posto à parte como lembrança da criação. Mostra-O como Criador tanto como Santificador. […] A todos quantos recebem o sábado como sinal do poder criador e redentor de Cristo, ele será um deleite. Vendo nele Cristo, nEle se deleitam. […]


E tudo na natureza Lhe repete o convite: ‘Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.’ ”4


1. Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 349.
2. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 281.
3. Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 353, 355-357, 359.
4. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 288, 289.


Pense nisto

Quais são algumas coisas que você e sua família podem fazer para tornar cada sábado uma experiência positiva?


Mãos à Bíblia

5. Leia Mateus 12:1-13. Qual é o contexto da cura relatada nesse texto? Por que Jesus a realizou especificamente no sábado? Qual é a lição principal que Ele está dando?

O texto-chave é o verso 7. Toda a questão era a respeito de pessoas, a respeito de misericórdia, bondade e amor pelos outros. Adequadamente observado, o sábado nos oferece mais oportunidades de mostrar bondade e misericórdia aos que necessitam do que teríamos nos outros dias da semana, quando somos forçados a ganhar o sustento. O problema era que o sábado havia se tornado sobrecarregado com muitas leis e regulamentos humanos, que logo se tornaram um fim em si mesmos, e não o meio para alcançar um fim: amar a Deus e a outras pessoas. Amor, a Bíblia declara, é o cumprimento da lei. Qualquer coisa que transforma a lei em algo que nega o amor, ou que atua contra o amor, deve ser descartada.


Kimi-Roux James – Westbury, Nova York, EUA

Quinta, 16 de fevereiro
cpb - aplicação

Reverenciando o sábado com cuidado


Imagine que um artista famoso fez uma pintura especialmente para você. Como você trataria este quadro? Você o deixaria no chão para seu cachorro roer? Ou você o tocaria com as mãos sujas de fritura? A maioria, assim como você, teria muito cuidado na maneira de tratá-lo. O sábado foi criado para nós como um presente do Artista Mestre. Como podemos reverenciá-lo com cuidado?


Tenha a certeza de que você conhece o Artista. Certa vez, um geólogo me apontou uma formação rochosa muito rara. Ele olhava para ela com admiração enquanto eu fiquei imaginando como aquela formação se parecia com muitas camadas de sujeira. Eu não podia ver o que ele via porque eu não conhecia o que ele conhecia. Se você não conhecer o Criador do sábado, vai ser difícil valorizar o presente do sábado.


Seja resoluto em sua maneira de guardar o sábado. Passar uma tarde inteira de sábado no Facebook pode não ser considerado como quebrar o sábado. Mas também não pode ser considerado como atividade adequada para o sábado. Escolha atividades que resultem em ricos lucros espirituais como um estudo bíblico aprofundado, tempo especial de oração, caminhadas na natureza, ou servindo alguém.


Planeje o sábado durante a semana. Você pode planejar fazer uma coisa cada dia para se preparar para o sábado. Por exemplo, no domingo você pode tentar passar suas roupas de ir à igreja. Ao fazer pequenas coisas todos os dias você está preparando-se para o sábado. isso fará não só com que você esteja pronto para o dia sagrado mas você descobrirá que sua semana se tornou centralizada no sábado. Também, não se esqueça de preparar seu coração e mente para o sábado.


O sábado foi feito para a humanidade porque Deus sabia quanto precisaríamos de tempo com Ele (Mt 4:4). Reverenciar o sábado com cuidado pode exigir planejamento e esforços, mas são infinitas as recompensas de um relacionamento profundo com Deus que o sábado nos proporciona.


Mãos à Bíblia

Por meio de Seus milagres no sétimo dia, Jesus demonstrou o real significado do sábado. É um dia para cura e restauração. Para Jesus, o sábado estava mais relacionado com pessoas do que com regras. Por isso, Ele fez Sua famosa declaração: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2:27). Se devidamente guardadas, as leis protegem as pessoas.

6. Que fato foi apresentado pelos quatro evangelhos? De acordo com os textos, o sábado ainda permanece válido? Mt 27:57–28:1Mc 15:42–16:1Lc 23:52–24:1Jo 19:31–20:1

Jesus não apenas confirmou a validade e importância de descansar no sábado enquanto viveu na Terra, mas fez isso também na Sua morte.


Julie Cook – Altamonte Springs, Flórida, EUA

Sexta, 17 de fevereiro
cpb - opinião

O Filho do Homem está no comando do sábado


O sábado é um dia especial dado a nós, tanto como um privilégio quanto como uma ordem. É um dia em que podemos ter descanso mental e físico, o que nos ajuda a estar prontos para os seis dias de trabalho que se seguirão. Guardar o sábado fielmente nos ajuda a apreciar o repouso, ser capazes de descansar de todos os nossos labores e cuidados. Mas precisamos ser cuidadosos para não transformar o sábado num dia de fazer e não fazer. Eu creio que, quando começamos a procurar defeitos em qualquer ordem que Deus tenha nos dado, estamos correndo perigo. Quando começamos a nos focalizar mais nas leis e não nAquele que nos deu a lei, logo iremos nos afastar do coração do Seu mandamento do sábado. Todos os mandamentos de Deus foram dados e fundamentados em Seu amor. Quando quer que nós humanos comecemos a nos focalizar no dia de sábado propriamente e não no Senhor do sábado, estamos nos afastando do coração de Seu mandamento.

Mateus 12:1-13 conta como os fariseus condenaram os discípulos de Jesus porque colheram grãos no sábado. Os fariseus não se importaram nem um pouco com o fato de que os discípulos estivessem com fome. Eles estavam mais preocupados com uma lei sendo quebrada do que com o conforto e bem-estar das pessoas. Jesus, no entanto, os lembrou de como Davi e seus companheiros comeram o pão que somente os sacerdotes deviam comer, porque eles estavam famintos.


A lição que Jesus quis ensinar-lhes naquela ocasião e a que Ele quer que aprendamos hoje é a de que há muito mais em jogo aqui do que religião. O Filho do Homem está no comando do sábado, contudo Ele Se focaliza mais no coração de Seu povo do que nos rituais. A guarda do sábado é importante, mas deveríamos ser cuidadosos para manter a observância do sábado focalizada nAquele que o criou.


Dicas

1. Crie uma colagem que ilustre maneiras de apreciar o sábado o máximo possível.
2. Assista a um culto no sábado numa sinagoga. Compare/contraste a adoração judaica com a da sua igreja.
3. Discuta com amigos como o sábado pode ser o melhor dia da semana.
4. Olhe os hinos 527-532 no Hinário Adventista do Sétimo Dia, que tratam do sábado. Escolha uma das canções que você não conhece muito bem. Cante-a usando a melodia oferecida ou componha uma sua.
5. “Ilustre” Êxodo 20:8-11 com ações e gestos enquanto você lê o mandamento do sábado. Ou então pesquise online um dicionário de Sinais de Linguagem que “ilustrem” elementos específicos desses versos. Pratique os sinais até que você se sinta confortável para realizá-los.
6. Entreviste um número de membros de sua igreja perguntando-lhes o que faz do sábado um dia especial para eles.
7. Escreva o que você gosta ou não no sábado. Escrever sobre o que gostamos pode nos ajudar a apreciar isso ainda mais, enquanto escrever sobre um problema frequentemente traz visões que ajudam a mudar atitudes desconfortáveis.
8. Conheça melhor a Deus aprendendo mais sobre Sua criação durante as horas do sábado. Comece dedicando-se a uma especialidade dos desbravadores, observe os pássaros, ou prepare uma lição da natureza para compartilhar com sua igreja ou classe da Escola Sabatina.


Michelle Bobb-Semple – Boston, Massachusetts, EUA